Coruja é resgatada na área central de Jaraguá do Sul

Acionados por moradores da Rua Leopoldo Malheiro na manhã deste domingo (15), bombeiros voluntários fizeram o resgate de uma coruja da espécie Mocho-diabo (Asio stygius). O animal foi encaminhado nesta segunda-feira (16) para a equipe da Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente (Fujama), mas infelizmente não resistiu.

“Chegamos a levá-la à clínica veterinária, mas ela tinha inclusive uma lesão na coluna”. A suspeita é que a ave noturna tenha se chocado com alguma parede ou muro de residências próximas”, destacou o biólogo da Fujama, Christian Raboch Lempek. O corpo do animal será agora encaminhado para taxidermia para depois ser utilizado em ações da Educação Ambiental promovidas pela própria Fujama.

O mocho-diabo é uma coruja que impressiona pelo tamanho e chegar a 47,5cm, 685g e mais de 1 metro de envergadura de asa. Alimenta-se de pequenos mamíferos, incluindo morcegos que são caçados em pleno voo, aves, outros pequenos vertebrados e insetos.

No Brasil, esta espécie ocorre nos Estados do Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Distrito Federal.

Balanço – Ao longo de 2023, a Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente promoveu o resgate de 578 animais silvestres em áreas urbanas e rural do Município entre répteis, mamíferos, aves e anfíbios. Algo que representou uma diminuição de aproximadamente 20% em relação a 2022 quando foram atendidas 726 ocorrências. “Alguns fatores podem ter contribuído para esta redução como o clima, a variação da sazonalidade de aparecimento de alguns deste espécimes, bem como a própria consciência dos munícipes que muitas vezes deixam que o animal siga seu caminho na natureza”, projetou o biólogo. Entre os “campeões do resgate” estão os gambás e as serpentes que correspondem a mais da metade dos atendimentos diários da Fujama.

Normalmente neste trabalho, após passaram por avaliação veterinária e estiverem bem, os animais são devolvidos à natureza em áreas de Preservação Ambiental longe de áreas residências. No caso de filhotes, o encaminhamento mais frequente é para centros de reabilitação de animais silvestres como os mantidos pelo Instituto de Meio Ambiente (IMA) em Florianópolis. No entanto, se as espécies morrem devido a ferimentos ou já são encontradas mortas pelos biólogos o procedimento mais usual é a taxidermia.

Cuidados – Os biólogos do Programa Resgate de Fauna aconselham a nunca tente capturar um animal sem os equipamentos necessários. No caso de serpentes a dica é chamar a equipe da Fujama ou dos Bombeiros Voluntários. O mesmo vale para aves e mamíferos como corujas, gambás, gatos-do-mato, cachorros-do-mato ou até macacos. “Ao se sentirem acuados, esses animais podem se defender com mordidas ou arranhões”, explicou Christian Lempek.

SERVIÇO
Durante a semana, no horário das 7h30 às 17 horas, o resgate de algum animal em área residencial pode ser solicitado à Fujama pelo telefone 3273-8008. No período da noite, fins de semana e feriados este trabalho é feito pelos Bombeiros Voluntários de Jaraguá do Sul por meio do Serviço de Emergência 193.

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