Com a inflação desacelerando, mas alguns preços, como energia e alimentos, pressionados, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) faz nesta quarta-feira (10) a última reunião do ano. Os analistas de mercado acreditam na manutenção da taxa no maior nível em quase 20 anos. Atualmente em 15% ao ano, a Selic está no maior nível desde julho de 2006, quando estava em 15,25% ao ano. Desde setembro do ano passado, a taxa foi elevada sete vezes seguidas. Nas reuniões de julho, de setembro e de novembro, o Copom não mexeu na taxa. A decisão sobre a Taxa Selic será anunciada no início da noite desta quarta-feira. Na ata da última reunião, em novembro, o Copom informou que a Selic será mantida em 15% ao ano por tempo prolongado para garantir a convergência da inflação à meta. Segundo a ata do Copom, o cenário atual continua marcado por elevada incerteza, o que exige cautela na condução da política monetária. No cenário interno, alguns preços, como energia, continuam a pressionar a inflação, apesar da desaceleração da economia. De acordo com a edição mais recente do Boletim Focus, pesquisa semanal com analistas de mercado, a taxa básica deve ser mantida em 15% ao ano até o fim deste ano ou início de 2026. A divergência agora está no momento do próximo ano em que os juros começarão a cair. Inflação O comportamento da inflação continua uma incógnita. A prévia da inflação oficial, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), ficou em apenas 0,2% em outubro e acumula 4,5% em 12 meses, tendo voltado para o teto da meta. O IPCA cheio de novembro só será divulgado nesta quarta-feira. Segundo o último Boletim Focus, a estimativa de inflação para este ano caiu para 4,4%, contra 4,55% há quatro semanas. Isso representa inflação pouco abaixo do teto da meta contínua estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 3%, podendo chegar a 4,5% por causa do intervalo de tolerância de 1,5 ponto. Taxa Selic A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia. Ela é o principal instrumento do Banco Central para manter a inflação sob controle. O BC atua diariamente por meio de operações de mercado aberto – comprando e vendendo títulos públicos federais – para manter a taxa de juros próxima do valor definido na reunião. Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, pretende conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Ao reduzir a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica. O Copom reúne-se a cada 45 dias. No primeiro dia do encontro, são feitas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento do mercado financeiro. No segundo dia, os membros do Copom, formado pela diretoria do BC, analisam as possibilidades e definem a Selic. Meta contínua Pelo sistema de meta contínua em vigor desde janeiro deste ano, a meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior é 4,5%. No modelo de meta contínua, a meta passa ser apurada mês a mês, considerando a inflação acumulada em 12 meses. Em dezembro deste ano, a inflação desde janeiro é comparada com a meta e o intervalo de tolerância. Em janeiro de 2026, o procedimento se repete, com apuração a partir de fevereiro de 2025. Dessa forma, a verificação se desloca ao longo do tempo, não ficando mais restrita ao índice fechado de dezembro de cada ano. No último Relatório de Política Monetária, divulgado no fim de setembro pelo Banco Central, a autoridade monetária manteve a previsão de que o IPCA termine este ano em 4,8%, mas a estimativa deve ser revista. A próxima edição do documento, que substituiu o Relatório de Inflação, será divulgada no fim de dezembro. Fonte: Agência Brasil – Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil
Polícia prende sete suspeitos de envolvimento em fraudes financeiras
A Polícia Civil de São Paulo prendeu, nesta terça-feira (9), sete suspeitos de integrar um grupo de envolvidos em fraudes financeiras e lavagem de dinheiro. Com a participação da 2ª Delegacia de Crimes Cibernéticos (DCCiber), a Operação Azimut foi realizada nas cidades de Campinas, Hortolândia e São Paulo. Foram expedidos 12 mandados de busca e 12 de prisão temporária. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), as investigações mostraram que o esquema do grupo utilizava acessos indevidos a sistemas financeiros para realizar transferências bancárias não autorizadas, causando prejuízos milionários a empresas e instituições do setor, chegando a uma movimentação de R$ 6 bilhões em dois anos. “As apurações indicam ainda que valores obtidos de forma ilícita eram posteriormente movimentados por meio de empresas e contas utilizadas para ocultar a origem do dinheiro. A suspeita é que os valores sejam provenientes de diversas fraudes praticadas contra instituições financeiras”, explicou a Polícia Civil. Os nomes dos presos não foram divulgados.
Capitais do Centro-Sul terão chuvas e ventania até quinta-feira
A formação de um ciclone extratropical combinado com a chegada de uma frente fria vai causar temporais e ventanias nas regiões sul, sudeste e centro-oeste do país, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia. Os efeitos do fenômeno serão sentidos até a próxima quinta-feira (11). As capitais mais afetadas pelo fenômeno serão Brasília, Goiânia, Cuiabá, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre. Veja como fica o clima nesta terça-feira (9) nas capitais mais atingidas: Brasília – temperatura mínima de 18ºC. Máxima de 24ºC. Possibilidade de chuvas isoladas pela manhã. Pancadas de chuva e trovoadas à tarde. Pancadas de chuvas isoladas à noite. Ventos fracos pela manhã, fracos a moderados à tarde e fracos à noite. Goiânia – temperatura mínima de 21ºC. Máxima de 30ºC. Pancadas de chuva isoladas pela manhã. Pancadas de chuva e trovoadas isoladas à tarde. Pancadas de chuva isoladas à noite. Ventos fracos pela manhã, fracos à moderado à tarde e fracos à noite. Cuiabá – temperatura mínima de 24ºC. Temperatura máxima de 29ºC. Pancadas de chuva e trovoadas isoladas pela manhã e à tarde. Pancadas de chuva isoladas à noite. Ventos fracos pela manhã, fracos a moderado à tarde e fracos à noite. Belo Horizonte – temperatura mínima de 17ºC. Temperatura máxima 26ºC. Possibilidade de chuva isolada pela manhã. Pancadas de chuvas e trovoadas isoladas à tarde e à noite. Ventos fracos pela manhã, fracos a moderado à tarde e fraco à noite. Rio de Janeiro – temperatura mínima de 22ºC. Máxima de 33ºC. Muitas nuvens pela manhã. Pancadas de chuva e possível queda de granizo à tarde. Pancadas de chuva e trovoadas isoladas à noite. Ventos fracos ao longo de todo o dia. São Paulo – temperatura mínima 21ºC. Máxima 24ºC. Pancadas de chuva e trovoadas isoladas pela manhã tarde e noite. Ventos fracos ao longo do dia e moderados à noite. Curitiba – temperatura mínima de 16ºC. Máxima de 22ºC. Pancadas de chuva e possível queda de granizo pela manhã. Pancadas de chuva e trovoadas à tarde e à noite. Ventos fracos pela manhã, moderados à tarde e à noite. Florianópolis – temperatura mínima de 22ºC. Máxima de 24ºC. Pancadas de chuva e possível queda de granizo pela manhã. Pancadas de chuva e trovoadas à tarde e à noite. Ventos fracos pela manhã e à tarde. Fracos a moderados com rajadas à noite. Porto Alegre – temperatura mínima de 21ºC. Máxima de 24ºC. Pancadas de chuva e possível queda de granizo pela manhã. Pancadas de chuva e trovoadas à tarde e à noite. Ventos moderados de manhã, tarde e noite.
Polícia apreende mais de 6 kg de maconha em Guaramirim
Ontem, por volta das 15h30, durante rondas, a guarnição observou um veículo transitando de forma perigosa pela SC-108, em Guaramirim, quase colidindo com outro automóvel, motivando o acompanhamento até o município vizinho. Na abordagem, constatou-se forte odor de maconha no interior do veículo e a ocupante admitiu portar um cigarro da substância. Em vistoria, foram localizadas caixas e uma sacola contendo grande quantidade de maconha. Diante do flagrante, os ocupantes receberam voz de prisão. Veículo, celulares, pequena quantia emdinheiro e aproximadamente 6,5 kg de entorpecente foram apreendidos e encaminhados à Delegacia.
FAMESC avalia criação de uma nova UJAM em Jaraguá do Sul
Após a ausência da UJAM – União Jaraguaense das Associações de Moradores – na mais importante eleição de bairros de Jaraguá do Sul, lideranças comunitárias começaram a cogitar a intervenção ou a criação de uma nova entidade em Jaraguá do Sul. A eleição do Bairro Santo Antonio, com mais de mil votantes, realizada no fim de semana, não teve a organização da UJAM e de nenhum integrante da diretoria. Em anos anteriores, a UJAM não só organizava o pleito eleitoral mas também orientava sobre a publicação do edital e trabalhava com mesários e escrutinadores voluntários de outras associações de bairros, para manter a isenção completa nos trabalhos e evitar margens para desconfianças. A RBN procurou a FAMESC – Federação das Associações de Moradores de Santa Catarina – representada na região pelo vice-presidente, Agostinho Zimmermann, e durante entrevista no programa Portal RBN, ele salientou que a FAMESC está a disposição das lideranças comunitárias para encabeçar a formação de uma nova diretoria. No entanto, segundo ele, “a iniciativa precisa partir de vários representantes de bairros”. Zimmermann desconfia que a UJAM, em função de tanto tempo sem assembleia ou eleição, já esteja completamente irregular. Ouça parte da entrevista no player abaixo.
Objetos perdidos na Schützenfest aguardam seus donos
A Prefeitura de Jaraguá do Sul informa que diversos objetos encontrados durante a última edição da Schützenfest permanecem disponíveis para retirada pelos proprietários. Entre os itens estão carteiras, bolsas, documentos, óculos de grau e de sol, cartões magnéticos, chaves, bijuterias e até um telefone celular. Esses pertences estão na Diretoria de Comunicação e Jornalismo. Os interessados podem fazer a retirada de segunda a sexta-feira, no horário das 7h às 12h e das 13h às 17h. A Prefeitura reforça que o atendimento ao público segue normalmente até o dia 19 de dezembro, uma sexta-feira, quando terá início o período de férias coletivas da Administração Municipal. Durante esse intervalo, o funcionamento estará suspenso, com retorno confirmado para o dia 12 de janeiro de 2026. Por essa razão, a orientação é para que as pessoas que perderam algum objeto durante a festa procurem a Diretoria o quanto antes. A Prefeitura destaca ainda que os itens encontrados foram devidamente catalogados e armazenados, garantindo segurança e organização no processo de devolução.
Tempestade deixa 129 mil clientes sem luz na grande São Paulo
A tempestade que atingiu a região metropolitana de São Paulo teve concentração principalmente nas regiões sul e oeste da cidade, com pico de precipitação de 40 mm na região de Pinheiros e Butantã. A distribuidora de energia Enel confirmou que mais de 130 mil clientes foram afetados, equivalente a cerca de 250 mil pessoas. As chuvas, com presença de pequenos pedaços de granizo, atingiram a região do Butantã por volta das 13h30, indo na direção de Pinheiros. O vento passou dos 40 km/h. Por volta das 13h20, porém, foi registrado no aeroporto de Congonhas vento a 68km/h. Segundo a Defesa Civil da região, houve 21 registros de queda de árvores, 15 chamados para enchentes e 1 desabamento. Imagens em redes sociais mostram queda de forro de teto em ao menos duas unidades da Universidade de São Paulo (USP), nas Faculdades de Economia e Administração e na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. A Agência Brasil não conseguiu contato com a USP para confirmar o ocorrido. Segundo a Defesa Civil, não há registro de feridos. Às 17h a Enel confirmava que 1,54% dos clientes da região ainda estavam sem energia, após a chuva danificar alguns pontos da rede elétrica. Na última parcial apurada, esse valor recuou para 0,97%, afetando ainda pouco mais de 80 mil clientes.
Aulas na Rede Municipal estão mantidas nesta terça-feira (9) em Jaraguá do Sul
A Prefeitura de Jaraguá do Sul, por meio da Secretaria de Educação, informa que as aulas na Rede Municipal de Ensino estão mantidas nesta terça-feira (9).Porém, os pais/responsáveis estão sendo avisados via grupos de whatsapp das turmas sobre a possibilidade de não enviar os alunos para a escola devido aos alertas sobre as condições do tempo no Estado. Os alunos que faltarem não terão prejuízos nas atividades pedagógicas. ⇒ A Defesa Civil de Jaraguá do Sul segue em alerta, monitorando as condições do tempo. Em caso de emergência o 199 deve ser acionado. Segue o comunicado da Semed, na íntegra
Aulas estão suspensas na rede estadual em medida preventiva contra riscos dos temporais em Santa Catarina
O Governo de Santa Catarina, por meio da Secretaria de Estado da Educação (SED), informa que, em virtude dos alertas da Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil e a título de prevenção, sejam suspensas as aulas nas escolas estaduais nas regiões com áreas em laranja (alto risco) e vermelho (muito alto), conforme a imagem acima. Desta forma, as aulas do turno vespertino e noturno estão suspensas nas áreas em laranja nesta segunda-feira, 8, e nas áreas em laranja e vermelho nos turnos matutino e vespertino na terça-feira, 9. A medida já foi comunicada às Coordenadorias Regionais de Ensino pela SED. Os temporais com chuva pontualmente intensa começam a partir da tarde e noite desta segunda. No Grande Oeste, Alto Vale do Itajaí e Planaltos, o alerta é maior, com possibilidade de rajadas de vento e eventual queda de granizo. No Litoral, a circulação marítima mantém maior nebulosidade e condição para mar agitado. Já as temperaturas máximas seguem altas, com marcas entre 27°C e 31°C na maior parte do estado. Na medida em que o ciclone avança em direção a Santa Catarina, na terça-feira, 9, as instabilidades aumentam. A chuva segue persistente, por vezes intensa em curtos períodos de tempo, especialmente nas áreas litorâneas e áreas serranas próximas. O risco é alto para ocorrências associadas, principalmente alagamentos e enxurradas. No Litoral, as rajadas de vento ficam mais fortes, podendo atingir 70 km/h. Na quarta-feira, 10, o ciclone se afasta para alto mar e a instabilidade perde força. No entanto, o vento aumenta, com rajadas entre 60 e 80km/h na maior parte das regiões. Nas áreas mais costeiras e serranas essas rajadas podem chegar aos 100 km/h em alguns momentos. Neste dia, ainda são esperadas pancadas de chuva rápidas, mas o risco de ocorrências diminui. Ciclone atípico De acordo com meteorologistas da Proteção e Defesa Civil de Santa Catarina e da Epagri/Ciram, o ciclone extratropical previsto para esta semana é considerado atípico por se desenvolver em período mais quente do ano e por se formar muito próximo da costa, entre Santa Catarina e o Rio Grande do Sul. Outro aspecto incomum é a pressão atmosférica mais baixa do que a observada normalmente e o deslocamento lento do sistema, fatores que aumentam os impactos sobre o estado. Por isso, os efeitos do ciclone devem se estender desde seu processo de formação na segunda-feira, 8, até seu afastamento para alto-mar, previsto para quinta-feira, 10.
Mercado financeiro eleva projeção do PIB para 2,25% em 2025
A previsão do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira este ano subiu de 2,16% para 2,25%. A estimativa foi publicada no boletim Focus desta segunda-feira (8), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos. Para 2026, a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB, a soma dos bens e serviços produzidos no país) passou de 1,78% para 1,8%. Para 2027 e 2028, o mercado financeiro estima expansão do PIB em 1,84% e 2%, respectivamente. Puxada pelas expansões dos serviços e da indústria, no segundo trimestre deste ano a economia brasileira cresceu 0,4%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE). Em 2024, o PIB fechou com alta de 3,4%. O resultado representa o quarto ano seguido de crescimento, sendo a maior expansão desde 2021, quando o PIB alcançou 4,8%. A previsão de cotação do dólar está em R$ 5,40 para o fim deste ano. No fim de 2026, estima-se que a moeda norte-americana fique em R$ 5,50. Inflação Nesta edição do boletim Focus, a estimativa das instituições financeiras para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – passou de 4,43% para 4,4% este ano. Para 2026, a projeção da inflação variou de 4,17% para 4,16%. Para 2027 e 2028, as previsões são de 3,8% e 3,5%, respectivamente. Pela quarta semana seguida, a previsão foi reduzida, após a divulgação do resultado da inflação de outubro, a menor para o mês em quase 30 anos. Com isso, a estimativa alcançou o intervalo da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%. A redução na conta de luz puxou a inflação oficial para baixo e fez o IPCA fechar outubro em 0,09%, o menor para o mês desde 1998, segundo o IBGE. Em setembro, o índice havia marcado 0,48%. Em outubro de 2024, a variação foi de 0,56%. Com esse resultado, a inflação acumulada em 12 meses é 4,68%, a primeira vez, em oito meses, que o patamar fica abaixo da casa de 5%. No entanto, ainda acima do teto da meta do CMN. Na próxima quarta-feira (10), o IBGE divulga o IPCA de novembro. Juros básicos Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros – a Selic – definida em 15% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. O recuo da inflação e a desaceleração da economia levaram à manutenção da Selic pela terceira vez seguida, na última reunião, no início do mês passado. No entanto, o colegiado não descarta a possibilidade de voltar a elevar os juros “caso julgue apropriado”. Em nota, o BC informou que o ambiente externo se mantém incerto por causa da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos, com reflexos nas condições financeiras globais. No Brasil, a autarquia destacou que a inflação continua acima da meta, apesar da desaceleração da atividade econômica, o que indica que os juros continuarão altos por bastante tempo. O Copom faz a última reunião do ano nesta terça (9) e quarta-feira (10), e a estimativa dos analistas de mercado é que a taxa básica encerre 2025 em 15% ao ano. Para o fim de 2026, a expectativa é que a Selic caia para 12,25% ao ano. Para 2027 e 2028, a previsão é que ela seja reduzida novamente para 10,5% ao ano e 9,5% ao ano, respectivamente. Quando o Copom aumenta a Selic, a finalidade é conter a demanda aquecida; isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Assim, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Os bancos ainda consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Quando a taxa Selic é reduzida, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.