A Prefeitura de Guaramirim recebeu nesta sexta-feira (5), da AMVALI (Associação dos Municípios do Vale do Itapocu), o diagnóstico e breve prognóstico do sistema de drenagem pluvial do município. Em fevereiro deste ano, foi assinada a ordem de serviço para dar início ao estudo, após a enxurrada ocorrida no dia 12 do mesmo mês. Os resultados apresentados contemplam o delineamento e identificação da rede de drenagem pluvial, além do levantamento topográfico das áreas prioritárias. No geoprocessamento, foram identificados aproximadamente 94 km de rede de drenagem, enquanto a topografia abrangeu cerca de 196 mil metros quadrados em áreas estratégicas. Conforme o secretário de Planejamento, Urbanismo e Mobilidade, Normando Zitta, o documento permitirá a adoção de ações emergenciais, como a limpeza de tubulações, reconstrução de caixas de ligação, alargamento de galerias, a obra de transposição da Rumo ALL próximo ao Cemitério/Cantinho Doce e a intervenção sob a BR-280, no elevado do Avaí. Em paralelo, o município contratará projeto de engenharia para macro e microdrenagem, incluindo novas galerias e tubulações. “Esse levantamento será essencial para minimizar as ocorrências de alagamentos em regiões como o Centro, Avaí, Amizade e áreas próximas”, reforça o secretário. Segundo a diretora da AMVALI, Juliana Demarchi, o estudo é fundamental para que o município possa planejar futuras intervenções de forma precisa, promovendo mais segurança para a população, eficiência no escoamento da água e melhoria da qualidade de vida.
Feirão de Empregos para PCDs ocorre no sábado (6) em Jaraguá do Sul
A Prefeitura de Jaraguá do Sul, por meio das secretarias de Assistência Social e Habitação, de Desenvolvimento Econômico (através do SINE), de Saúde e do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência (COMPED), em parceria com o Ministério Público do Trabalho e a Superintendência Regional do Trabalho de Santa Catarina, promove neste sábado (6), das 9h às 15h, no Parque de Eventos, o Feirão de Empregos para Pessoas com Deficiência (PCD) e Reabilitados. O evento integra a programação da 1ª Semana Inclusiva do município e tem como objetivo ampliar a inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Além da oferta de oportunidades, ocorrerá o Mutirão de Laudo Caracterizador da Deficiência (LCD), documento necessário para quem deseja concorrer a vagas destinadas a PCD. De acordo com os organizadores, cerca de 20 empresas participarão da ação, disponibilizando aproximadamente 200 vagas. Entretanto, somente em Jaraguá do Sul, há 400 postos de trabalho não preenchidos, reservados para PCD em empresas com mais de 100 funcionários. Como parte da preparação para o feirão, foi realizado na quinta-feira (4), no auditório do CEJAS, o Workshop sobre Inclusão e Diversidade no Mundo do Trabalho, que reuniu mais de 150 participantes – entre recrutadores, pessoas com deficiência e representantes de entidades. O encontro contou com palestras, rodas de conversa e a participação do coordenador nacional do projeto de inclusão do Ministério do Trabalho e Emprego. De acordo com Luciana Xavier Sans de Carvalho, auditora fiscal e coordenadora regional do Projeto de Inclusão de Pessoas com Deficiência e Reabilitados do INSS em Santa Catarina, o evento foi muito positivo. “E esperamos que o feirão de sábado também seja um sucesso, com muitas contratações. Precisamos avançar na inserção das pessoas com deficiência no mercado de trabalho”, disse. A secretária de Assistência Social e Habitação, Bianca Schwartz Uber, reforça o convite para o Feirão de Empregos, destacando a oportunidade para emissão do LCD. “A comunidade deve participar. E se você tem deficiência e ainda não possui o laudo caracterizador, leve seus documentos de saúde ao feirão. Uma equipe da Secretaria de Saúde estará preparada para fazer o atendimento e a emissão do documento. Essa é uma grande oportunidade para conquistar espaço no mercado de trabalho”, afirmou.
Vereadores do PL de Guaramirim solicitam reparos no CEI ‘Mamãe Gansa e seus Filhotes’
Durante a sessão desta quinta-feira (4) a Bancada do Partido Liberal (PL), formada pelos vereadores Ademir Hubert, Cristiana Poltronieri Ziehlsdorff e Jocinei de Oliveira Borba, solicitou para a Secretaria Municipal de Educação, com a máxima urgência, reparos e manutenção no telhado do Centro de Educação Infantil ‘Mamãe Gansa e seus Filhotes’, localizado no Bairro Guamiranga. Ao apresentar a indicação, a vereadora Cristiana Poltronieri Ziehlsdorff mostrou fotos e vídeos das condições do telhado no CEI. “Hoje temos goteiras no telhado. As calhas estão danificadas, mas acredito que já uma limpeza e a troca delas já surtiria um efeito importante. A água fica parada. Já pedimos no começo deste ano a fiscalização para evitar situações futuras dentro dos espaços escolares. Sei que essa comissão foi criada e peço atenção para as escolas e CEIs também.” A indicação será encaminhada ao Executivo Municipal.
Raro gato-do-mato resgatado em Jaraguá do Sul é acolhido em instituto de SC
O filhote da rara espécie de gato-do-mato melânico (Leopardus gutulus) ganhou um novo lar. Segundo a Fundação Jaraguaense do Meio Ambiente (Fujama), o animal foi encaminhado ao Instituto Felinos do Aguaí, especializado em gatos silvestres da fauna brasileira, localizado em Siderópolis. Antes, no entanto, o “panterinha” como foi apelidado nas redes sociais, precisou passar por um período de recuperação numa clínica veterinária conveniada à Fujama. No momento do resgate, feito por um morador de Santa Luzia no inicio da semana, o gato estava bastante debilitado. O Instituto Felinos do Aguaí é credenciado pelo Instituto de Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA). O biólogo da Fujama, Christian Raboch, espera que o pequeno seja reintegrado à natureza. “O instituto faz um trabalho bem legal de reabilitação. Eles trabalham com o objetivo de devolver os animais ao seu habitat natural. É claro que isso depende das condições de cada um. Se isso não for possível, o animal é encaminhado a algum zoológico ou outro mantenedor ligado ao IMA”, respondeu.
Mulher é atropelada em Jaraguá do Sul e motorista foge
Uma mulher de 42 anos foi atropelada por um caminhão na madrugada desta quinta-feira (4), em Jaraguá do Sul. O acidente aconteceu por volta das 4h58, na Rua João André dos Reis, no bairro Vila Lenzi. Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que a vítima, que seguia para o trabalho, foi atingida. Após a colisão, o motorista deixou o local sem prestar socorro. A mulher sofreu fratura na clavícula e ferimentos no rosto. Ela foi socorrida e encaminhada para atendimento médico. A Polícia Civil investiga o caso e pede apoio da população para identificar o motorista. Informações podem ser repassadas de forma anônima pelos telefones 181 (Polícia Civil) ou 190 (Polícia Militar).
Polícia Militar prende homem por tráfico de drogas em Guaramirim
Na noite desta quinta-feira (4), por volta das 20h44, a Polícia Militar prendeu um homem de 32 anos por tráfico de drogas no bairro Corticeira, em Guaramirim. Durante rondas preventivas pela Rua José Rover Belegante, os policiais avistaram dois homens em atitude suspeita. Ao perceberem a viatura, um deles fugiu em direção a uma área de mata e não foi localizado. O outro permaneceu no local e acabou sendo abordado. Com ele, os militares encontraram uma bucha contendo sete pedras de crack, além de uma chave que seria de sua residência. Questionado, o homem informou o endereço e autorizou a entrada da guarnição. No local, foram localizadas mais onze pedras de crack, seis buchas de cocaína, uma porção de maconha, uma balança de precisão e documentos pessoais. Diante do flagrante, o suspeito recebeu voz de prisão e foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil. Ele possui antecedentes por tráfico de drogas e homicídio, além de ser integrante de uma facção criminosa que atua no estado.
Polêmica: Justiça revoga restrições sanitárias para as bananas do Equador
A revogação de uma decisão judicial que proibia a importação de bananas do Equador desde 2019, está gerando uma guerra de narrativas nas redes sociais, entre parlamentares da oposição que criticam o Presidente Lula e parlamentares da base que criticam o que chamam de fake news e oportunismo. No meio disso tudo, está o produtor da região, preocupado com o que realmente pode resultar como consequência para a atividade. No entanto, segundo especialistas, não há motivo para nenhum alarde. Na primeira experiência em 2018 quando a importação foi liberada, não houve nenhum importador brasileiro interessado em adquirir o produto do Equador. Distribuidores de frutas, verduras e legumes do Brasil, consultados na época, pelo Jornal Valor Econômico, afirmaram que a oferta interna elevada e a alta pericibilidade do produto eram sérios entraves à importação. MICHEL TEMER A polêmica abertura do mercado brasileiro foi anunciada pelo presidente Michel Temer, diante da delegação equatoriana, durante a reunião de cúpula do Mercosul em dezembro de 2017. O fim da barreira sanitária ao produto gerou protesto entre produtores de banana no Brasil. Como contrapartida à abertura, o Equador liberou a entrada de calçados e automóveis produzidos no Brasil, o que não era permitido até então por causa das barreiras fitossanitárias à banana. DECISÃO JUDICIAL No ano seguinte, em 2019, uma decisão judicial proibiu a entrada de banana do Equador no Brasil, atendendo um apelo da Conaban (Confederação Nacional dos Bananicultores) que entrou com uma ação judicial coletiva, englobando associações de todo o país, com o objetivo de mostrar os riscos da abertura de mercado sem as devidas precauções. A decisão derrubava a instrução normativa 46 de 6 de dezembro de 2017, que autorizava a importação de banana do Equador para o mercado brasileiro. A medida estava em vigor até este ano, quando foi revogada pela própria Justiça. Na época,a então Presidente da Associação dos Bananicultores de Corupá (Asbanco), Eliane Muller, já admitia a possibilidade de reversão da decisão, mas salientava que a mobilização serviria para alertar para que novas aberturas de mercado fossem realizadas com mais cautela, levando em consideração as especificidades de cada setor. LULA O presidente Lula, durante encontro com o presidente do Equador, Daniel Noboa, destacou que o Brasil poderá retomar a importação de bananas equatorianas, atendendo a decisão judicial que revoga restrições sanitárias. A abertura começaria com a banana desidratada e, poderia incluir também, no futuro, a fruta in natura. Na declaração conjunta dos dois presidentes com 54 pontos, o item 10 fala das bananas: “10. Manifestaram sua disposição de trabalhar por um comércio bilateral mais equilibrado, ampliando o acesso de produtos equatorianos ao mercado brasileiro. O Presidente Lula assegurou que o Governo brasileiro começará esse processo mediante o cumprimento de decisão judicial que determinou a reabertura do mercado brasileiro para a banana produzida pelo Equador. Salientou que, iniciando-se pela banana desidratada, até o fim do ano se concluirá a análise de risco para a banana in natura. Manifestou estar igualmente atento à necessidade de avançar na retomada da importação de camarão do Equador e expressou a expectativa de que o Governo equatoriano esteja igualmente atento aos produtos de interesse do Brasil, como a carne suína.”
Schroeder é contemplada com 30 casas do programa Casa Catarina
Schroeder recebeu uma importante notícia nesta semana: o município foi contemplado com 30 unidades habitacionais do programa Casa Catarina, iniciativa do Governo de Santa Catarina voltada a famílias de baixa renda. O anúncio foi feito durante o Congresso de Municípios, Associações e Consórcios de Santa Catarina (Comac), realizado na última terça-feira (2), e confirmado oficialmente nesta quinta-feira (4). De acordo com Rafaela Kienen, do setor de Convênios da Prefeitura, o município já havia realizado o cadastro no programa e agora recebeu a portaria que autoriza a execução. “É um marco para Schroeder, pois é a primeira vez que a cidade será contemplada com casas do Governo do Estado. Estavam presentes o governador, representantes da Secretaria de Assistência Social e prefeitos de todo o estado. É uma conquista que merece ser celebrada”, destacou Rafaela. As novas moradias deverão ser construídas no bairro Itoupava-Açu. O prefeito Jair Bridaroli comemorou a novidade e ressaltou a parceria com o Estado. “Estamos muito felizes com essa conquista. O governador Jorginho Mello tem se mostrado um grande parceiro de Schroeder e está comprometido em trazer recursos para a cidade. Essas 30 casas vão significar mais dignidade e qualidade de vida para a nossa população”, afirmou. Sobre o programa O Casa Catarina prevê um investimento de R$ 654,3 milhões do Governo do Estado para possibilitar o acesso à casa própria a milhares de famílias catarinenses. Na primeira etapa, serão construídas mais de 5 mil unidades habitacionais, alcançando 75% dos municípios do estado — um total de 222 cidades. O número de casas destinadas a cada município varia conforme o tamanho da população: cidades com até 10 mil habitantes recebem 12 unidades; de 10.001 a 20 mil habitantes, 20 unidades; de 20.001 a 50 mil habitantes, 30 unidades; e acima de 50 mil habitantes, 43 unidades. As moradias são destinadas a famílias com renda mensal de até dois salários mínimos. Durante o evento, os municípios contemplados receberam ainda um kit com os documentos necessários para dar andamento ao processo, incluindo projeto arquitetônico, legislações do programa, modelo de edital para seleção das famílias e materiais de apoio para a fase de licitação. Com a confirmação da inclusão de Schroeder, o município dá um passo importante no fortalecimento das políticas habitacionais e no atendimento às famílias que mais necessitam.
Câmara debate saúde mental e reforça urgência do CAPS III em Jaraguá do Sul
Na sessão desta terça-feira (2), a saúde mental dominou a pauta da Câmara de Jaraguá do Sul. Atendendo a requerimento dos vereadores Charles Salvador (PSDB) e Osmair Gadotti (MDB), o médico clínico geral com atuação em psiquiatria do Hospital Jaraguá, Dr. Dedi Alves Ferreira Neto, usou a tribuna para descrever a situação do acolhimento a pessoas em sofrimento psíquico no município e defender, com dados e exemplos, a implantação urgente de um Centro de Atenção Psicossocial tipo III (CAPS III). Segundo ele, a realidade atual — marcada por superlotação, carência de leitos e fluxo assistencial fragmentado — já não dá conta do aumento da demanda e coloca pacientes e famílias em espera prolongada e em condições inadequadas. “Hoje eu atendo quando é necessário no Hospital Jaraguá. Não somos um hospital de referência psiquiátrica, mas, devido ao aumento de demanda, esses pacientes ficam lá”, contextualizou. O médico, que já trabalhou em CAPS e também atua em projeto semelhante no Hospital Santo Antônio, em Guaramirim, afirmou que a discussão não é exclusiva de Jaraguá do Sul. “O problema de saúde mental é global. A Organização Mundial da Saúde projeta que, nas próximas duas décadas, uma em cada duas pessoas terá algum transtorno psiquiátrico ao longo da vida”, disse, ressaltando o impacto econômico e social do transtorno depressivo e de outras condições mentais graves e persistentes. Dados locais e gargalos do atendimento Dedi apresentou números da rotina hospitalar regional. “De internação psiquiátrica, que fica aguardando vaga via SISREG, em Jaraguá do Sul dá, em média, de 25 a 30 [pacientes] por mês, contando os dois hospitais. Se incluir Guaramirim, chegamos a 30 a 40 apenas nesses dois municípios”, relatou. Conforme o médico, de 70% a 80% dessas pessoas chegam após tentativa de suicídio ou com ideação suicida grave, necessitando de vigilância contínua. A espera por vaga psiquiátrica dura, tipicamente, de sete a quinze dias — período em que o paciente permanece no pronto-socorro, muitas vezes numa cadeira ou usando um leito que seria destinado a casos clínicos gerais. “Não tem leito. A verdade é essa”, resumiu. Para além da falta de vagas, o desenho de rede é outro entrave. Na visão do médico, a atenção primária está sobrecarregada e tende a acolher casos leves; os CAPS existentes, por sua vez, já operam no limite e, por isso, concentram os quadros mais graves. “O paciente moderado, que precisa de internação breve ou cuidado intensivo por alguns dias, fica no ‘buraco’ do sistema”, afirmou. Por que um CAPS III Ao detalhar a proposta, Dedi destacou que o CAPS III funciona 24 horas por dia, sete dias por semana, com leitos para internações de curta duração e uma rotina terapêutica humanizada de oficinas e acompanhamento multiprofissional. “O paciente, durante o dia, passa pelas oficinas; é uma coisa humanizada. E ele tem leitos e permite internações de curta duração justamente para esses pacientes”, explicou. A implantação, frisou, tem respaldo normativo e financiamento federal, mas esbarra, com frequência, na capacidade de custeio de municípios menores. Por isso, sugeriu que Jaraguá do Sul lidere um arranjo em consórcio regional — por exemplo, via AMVALI — para sustentar a equipe necessária, que é o item mais caro do modelo. “O caro não é a construção; é a equipe. Casos graves não se atendem em 15 minutos. Eu preciso observar, conversar, acompanhar. Sem uma equipe com folga, vira um serviço sucateado.” Segundo o médico, a região da AMVALI somaria cerca de 360 mil habitantes, o que ampliaria a viabilidade financeira e assistencial. A centralização logística em uma mesma estrutura física, com equipes e portas de entrada separadas por município, permitiria padronizar fluxos (por exemplo, pós-desintoxicação de tentativas de suicídio por intoxicação exógena) e reduzir o “empurra-empurra” entre serviços. “Com o tempo, um CAPS III gera dados epidemiológicos locais — quem adoece, onde, por quê — e isso orienta prevenção e uso mais inteligente dos recursos”, acrescentou, lamentando a ausência de informações básicas hoje, como a prevalência de depressão grave que já esgotou o arsenal terapêutico do SUS no município. Vereadores cobram respostas e ação imediata A fala do médico encontrou ressonância imediata entre os parlamentares. O vereador Almeida (MDB) lembrou que, em 17 de junho, a Câmara aprovou moção de apelo ao Executivo municipal pedindo a implantação do CAPS III, considerando que Jaraguá do Sul já superou 180 mil habitantes. Para ele, a proposta se impõe também pela superlotação do Hospital São José. “Jaraguá do Sul está apta a cadastrar o projeto no Governo Federal e captar recurso. O problema nós conhecemos; a solução que ameniza já está desenhada. O que falta é vontade política”, afirmou. Almeida ressaltou que o sofrimento atinge pacientes e familiares, que se deparam com longas esperas em corredores e com o estigma social. “Parabéns pela sua participação, doutor. Esperamos resultados.” A vereadora Professora Natália Lúcia Petry (MDB) compartilhou um caso familiar que, no mesmo dia, percorreu pronto-socorro, Hospital São José e aguardava transferência para Blumenau por falta de atendimento psiquiátrico em Jaraguá — tanto pelo SUS quanto por plano de saúde. “É muito triste. Quando uma perna está quebrada, todos entendem o problema. Já a saúde mental ainda não é compreendida. Sem rede de acolhimento no município, tudo fica mais difícil”, disse. Segundo ela, o diretor do Hospital São José, Maurício, confirmou as dificuldades estruturais e regulatórias para abrir uma ala psiquiátrica hospitalar e relatou a média de cinco pacientes em espera por leito SUS, chegando a permanecer até dez dias no pronto atendimento. “A implementação de um CAPS III para acolhimento pode ser a saída. O Legislativo fará o que estiver ao alcance, mas a etapa é do Executivo”, concluiu. Em seu retorno à tribuna, Dedi reiterou que, em 2025, “há ciência suficiente para que esses pacientes vivam sem sofrimento”, desde que haja cuidado estruturado e psicoeducação. “Se já não conseguimos fazer o básico do atendimento, imagine ter tempo e equipe para educação em saúde. O CAPS III é mais humano porque não é dentro do hospital, trabalha a vulnerabilidade emocional e permite protocolos
Câmara de Jaraguá do Sul institui Programa Procuradoria da Mulher em Ação voltado a estudantes do 9º ano
Na tarde desta quinta-feira (4), a Câmara Municipal de Jaraguá do Sul instituiu oficialmente o Programa Procuradoria da Mulher em Ação, iniciativa inédita no município voltada à conscientização de jovens sobre igualdade de gênero e prevenção à violência contra a mulher. O evento contou com a presença de autoridades municipais e estaduais, professores e estudantes do 9º ano da Escola Municipal Max Schubert, primeiros a participar do projeto. O evento destacou que a proposta nasce com o objetivo de informar, conscientizar e orientar, aproximando o Legislativo da juventude e reforçando o caráter educativo do poder público. Foram chamadas para compor a mesa de honra a procuradora da mulher, vereadora Professora Natália Lúcia Petry (MDB), o presidente da Câmara, vereador Almeida (MDB), a procuradora-membro, vereadora Sirley Schappo (Novo), o vice-presidente, vereador Charles Salvador (PSDB), além da secretária municipal de Assistência Social, Bianca Schwartz Uber, a representante da secretária municipal de Educação, a diretora de ensino, Gilmara Franco Ferreira da Cruz, o secretário municipal de Saúde, Dr. Rogério da Silva, o secretário de Cultura Esporte e Lazer, Gilberto Gesser, o coordenador regional de Educação, Cristiano Tironi, o delegado regional da Policia Civil, Dr. Eric Uratani, o delegado titular da DPCAMI, Dr. Augusto Melo Brandão e a delegada de Polícia Civil, Roberta França. O procurador adjunto da Procuradoria da Mulher, vereador Delegado Mioto, não pôde comparecer por compromissos assumidos anteriormente, mas enviou mensagem de apoio, reforçando “a importância de ações que combatem a violência contra a mulher, criando novas estruturas para a formação do caráter dos nossos adolescentes e do futuro de uma nova sociedade”. Na abertura oficial, a vereadora Professora Natália enfatizou o compromisso da Câmara em atuar pela dignidade e pela igualdade. “A Procuradoria da Mulher foi criada para acolher, proteger e promover direitos, mas também para educar. A transformação social acontece quando a informação chega às pessoas, especialmente aos mais jovens”, afirmou. Ela destacou a importância da participação dos estudantes do 9º ano e a exposição artística organizada pela escola, que une artes e matemática com a temática da violência contra a mulher. “Nosso objetivo é claro: prevenir a violência antes que aconteça. Essa prevenção começa com educação, respeito, empatia e igualdade”, completou. A procuradora-membro, vereadora Sirley Schappo, detalhou a logística do programa. Segundo ela, a Câmara disponibilizará transporte e lanche para que alunos do 9º ano, de escolas públicas e privadas, possam participar das oficinas coordenadas pela assessora da Procuradoria da Mulher, Greici Jaqueline Buzzi. Sirley explicou que a escolha do 9º ano se deve ao momento de transição escolar e de amadurecimento dos jovens. “Investir nos adolescentes é investir em uma geração diferente de homens e mulheres. A Câmara assume a responsabilidade de custear o programa, com apoio do presidente Almeida, que viabilizou sua execução”, disse. Ela também ressaltou que os parlamentares e a equipe da Procuradoria continuarão à disposição para levar palestras às escolas, atendendo também o interesse de turmas do ensino médio. A professora Jaqueline Modrock e a diretora Rita de Cassia Maciel Costa apresentaram o projeto “Normalização do feminicídio e da violência contra a mulher nas letras de músicas brasileiras”, desenvolvido pelos alunos da Escola Max Schubert. A mostra do trabalho ficará aberta ao público no Espaço Cultural Professor Dolcidio Menel, na Câmara, até 19 de setembro. O presidente Almeida (MDB) ressaltou a importância do programa como investimento social e educativo. Ele destacou a união entre Executivo, Legislativo, Educação e forças de segurança no combate à violência contra a mulher e elogiou a participação dos estudantes. “Educar os jovens é fundamental para termos uma geração futura sem tantas violências. Assim como mudou a consciência ambiental e o hábito de separar o lixo, precisamos transformar a forma como a sociedade encara a violência contra a mulher. A conscientização precisa vir antes do crime”, afirmou. Almeida comparou o programa ao PROERD, sugerindo parcerias futuras para que a temática seja incorporada de forma sistemática nas escolas. “Não vejo como gasto, mas como investimento. Se uma ação desse programa evitar que uma única mulher seja vítima de violência, já terá valido a pena”, concluiu. O evento encerrou com a assinatura do Termo Oficial de Instalação do Programa Procuradoria da Mulher em Ação pelas autoridades presentes. Em seguida, ocorreu a aula inaugural do programa com os alunos do 9º ano da Escola Max Schubert.