Sindicalistas protestam contra vereador na tribuna da Câmara

Com faixas e cartazes em mãos, dirigentes da Intersindical de Trabalhadores de Jaraguá do Sul e Região ocuparam o plenário da Câmara de Vereadores durante a sessão de terça-feira, 16, e usaram a tribuna livre da Camara ontem a noite para repudiar as falas do vereador Rodrigo Livramento sobre atestados médicos nas segundas-feiras. A Intersindical Jaraguá do Sul é uma netidade que integra os sindicatos do Comércio, Metalúrgicos, Mobiliário, Vestuário, Químicos, Alimentação, Saúde, Eletricitários, Professores Particulares, Limpeza e Conservação, Sinsep e Sinte-Regional.

Durante pouco mais de 10 minutos, os dirigentes do Sinte, Francisco Assis Rocha, e do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde, Almir Alexandre, utilizaram a Tribuna Popular da Câmara. Francisco instigou os vereadores a instaurarem uma CPI para investigar a suposta fraude de atestados médicos. “Se existe exagero de atestados carimbados pelos médicos, somente outro médico poderá questionar”, advertiu, e “se o médico foi coagido a assinar o atestado, é caso de polícia”. Ouça parte da fala no player abaixo:

Já, Almir Alexandre, apresentou uma relação de dados sobre acidentes de trabalho ou doenças do trabalho com crescimento exponencial nos últimos anos. Lembrou que em Jaraguá do Sul “se trabalha diuturnamente, sem muitas vezes o trabalhador ter direito a um descanso adequado com sua família” e frisou que atestados “fazem parte do ato médico e é direito do cidadão”, conforme o Art. 112, parágrafo único do Código de Ética do Conselho Federal de Medicina. “Chamar trabalhador de vagabundo, dizer que ele intimida e coage medico é uma falácia e, se for verdadeiro, que o profissional denuncie”, salientou.  O sindicalista também apresentou números informando que Santa Catarina, apesar de se ro décimo em população, é o 5º Estado com mais registros de acidentes de trabalho. (Ouça parte da fala no player abaixo)

A discussão foi finalizada com a manifestação do Vereador Livramento que reafirmou o que havia falado nas demais sessões, foi interrompido quando pegou um dicionário para explicar o que significava a palavra vagabundo, e defendeu o que chamou de “atestado consciente”. ( Ouça parte da fala no player abaixo)

Livramento (na mesa) e Francisco na tribuna

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