O advogado Felipe Carlos, que atuou na defesa da médica Lenise Sampaio, anunciou em entrevista ao apresentador Roni Oliveira, no Programa Plantão do Meio-dia, que vai recorrer da sentença prolatada no júri da última quinta-feira. No entendimento dele, as qualificadoras do motivo torpe, e o que entendeu com bis in idem (duas penas para o mesmo ato) no caso da emboscada e recurso que dificultou a defesa da vítima. Além disso, haverá contestação contra a decisão do juiz que impediu a apresentação de alguns documentos para os jurados. A defesa entende que é possível reduzir a pena em três a quatro no Tribunal de Justiça.
O JÚRI
Lenise Fernandes Sampaio foi condenada a 11 anos, 1 mês e 10 dias de reclusão em regime inicial fechado no julgamento realizado NA QUAINTA-FEIRA (10/10) no Fórum de Jaraguá do Sul. O corpo de jurados entendeu que houve tentativa de homicídio qualificado, por motivo torpe e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. O júri encerrou por volta das 22h. A médica foi acusada pelo Ministério Público de ter invadido o apartamento do ex-companheiro e atirar contra ele, em 11 de agosto de 2024, provocando ferimentos graves.
Segundo a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), a ré teria ido até o local onde o pai de seu filho estava hospedado, entrado no apartamento e se escondido dentro de um armário. Quando o homem chegou, ela teria saído do esconderijo armada e, de forma repentina, efetuado disparos contra ele. A vítima conseguiu reagir, desarmá-la e pedir socorro, mas sofreu ferimentos na perna e no abdômen. O homem, que é policial residente em Campo Grande (MS), estava na cidade para passar o Dia dos Pais com o filho. Ele sobreviveu aos ferimentos, ficou internado e atualmente possui a guarda da criança.
Na acusação, a Promotoria destacou que a médica teria agido movida por sentimento de posse em relação ao filho e em vingança pela autorização judicial que permitiu ao pai passar o fim de semana do Dia dos Pais com a criança.
