O vice-prefeito de Lages, maior cidade da Serra de Santa Catarina, pediu o afastamento do cargo na noite de domingo (23) após ser preso em flagrante suspeito de violência doméstica. Jair Junior (Podemos) disse que precisará se dedicar inteiramente à defesa no caso, que está em segredo de justiça.
Advogado e ex-vereador, o político foi detido no sábado (22), mas teve a liberdade concedida após audiência de custódia. A Polícia Civil não informou os detalhes da ocorrência, mas o vice-prefeito citou a ex-namorada e o relacionamento com “vários erros de ambas as partes”.
“Tive um relacionamento com vários erros de ambas as partes com a minha ex-namorada. Como homem, estou errado por ter deixado as coisas chegarem a esse nível. O processo em questão está em segredo de justiça. E como sou parte, não posso me manifestar publicamente, se não, posso ser preso. Apenas digo que o que está sendo noticiado não corresponde à verdade dos fatos”, disse.
O nome da mulher citada pelo político não foi informado e, por isso, o g1, não teve acesso à defesa dela. Segundo a Polícia Civil, o político foi autuado por crimes previstos nos seguintes artigos do Código Penal:
- Artigo 129, £ 13: trata sobre lesões corporais praticadas contra a mulher no contexto da violência doméstica;
- Artigo 148: trata do crime de sequestro e cárcere privado.
Em nota, a prefeitura informou que acompanha a investigação e “tomará as medidas necessárias e legais dentro de sua esfera de atuação”. Já o Podemos disse que recebeu as denúncias com “surpresa e preocupação” , mas confia “na apuração rigorosa dos fatos”.
Jair da Costa Teixeira Junior, de 30 anos, foi eleito junto da prefeita Carmen Zanotto (Cidadania), com 58,47% dos votos válidos. Ele também é diretor-presidente da Secretaria Municipal de Águas e Saneamento (Semasa) e foi vereador em Lages 2016 e 2020.
Fonte: G1