ONDA DE RENÚNCIAS
Tamanini (MDB) de Corupá puxou a fila. No mesmo dia, à tarde, Felipe Voigt (MDB) também renunciou. E no dia seguinte foi a vez de Chiodini (PP), em Guaramirim. Agora só falta Sésar Tassi (MDB), de Massaranduba. Não acho que resista muito tempo. A sociedade está cada vez menos tolerante com esse tipo de situação. Todos estão presos desde o final de abril, há quase cinco meses.
TRANQUILIDADE
Com a renúncia, os vice-prefeitos, agora prefeitos empossados, garantem mais tranquilidade e respaldo para tocar seus municípios. Entrevistei nesta semana o então ainda vice de Schroeder, Lauro Tomczak, e percebi que um peso foi tirado de suas costas. Administrava sob a sombra de Voigt. Os novos prefeitos precisam entender que agora a responsabilidade é só deles. E se trabalharem com dedicação, ainda poderão deixar as suas marcas neste restante de mandato. Até mesmo para se credenciarem como candidatos nas eleições do ano que vem.
MUDANÇAS
Agora, os novos prefeitos poderão, se quiserem, mudar toda a estrutura administrativa com outros nomes nas secretarias. Os atuais, são cargos de confiança dos prefeitos presos. Em Guaramirim, o vereador Nilson Bylaardt tem cobrado uma mudança geral no primeiro escalão. Soube que algumas mudanças vão ocorrer. Pode não ser já, mas vão acontecer na medida que os prefeitos assimilarem que agora, as responsabilidades estão somente em suas costas.
ATRITO
Uma fonte me disse que o relacionamento entre Executivo e Legislativo, no município de Schroeder, não será mais tão amistoso como foi com o ex-prefeito Felipe. A manifestação de um servidor com fortes críticas ao Executivo, autorizada pelo presidente, durante a sessão nesta semana, parece demonstrar um pouco dessa realidade. Talvez o presidente não soubesse previamente o teor das falas. O problema vai ser convencer o pessoal da Prefeitura.
DISCRIMINAÇÃO
O presidente da Câmara de Vereadores de Guaramirim, Matias Tomczack, fez um desabafo na última sessão. Reclamou das gozações sobre o seu estilo ou jeito de falar. Parecia se referir ao vereador Jeferson Cardozo (PL) que além de criticar a imprensa, falou na sessão em Jaraguá do Sul, nesta semana, que Guaramirim tem vereadores que “não conseguem falar meia palavra sem errar pronúncias de português”, e ainda chamou de calhorda o presidente do legislativo guaramirense. Jeferson já tinha se manifestado desrespeitosamente ao repetir, de forma debochada, na semana passada, uma fala com erro de português da colega Nina Camello (PP), deixando a vereadora visivelmente nervosa e constrangida.
JEITO DE FALAR
O radialista Reali Júnior lembra com frequência que a população de Jaraguá do Sul somente começou a falar no rádio com a chegada da RBN no início dos anos 90. Antes disso, segundo ele, o rádio elitizado regional achava que não ficaria bem colocar no ar pessoas com seus sotaques germânico, caboclo ou italiano no ar. “Não pegaria bem para a pujante Jaraguá do Sul”. A RBN quebrou essa barreira. As dificuldades com a linguística, erros de português, fonéticas ou sotaques é o que menos importa. O que vale mesmo é a manifestação sincera dos anseios e das dificuldades da comunidade. Foi aí que o povo começou a se pronunciar no rádio e nunca mais parou. Ninguém pode ser discriminado pelo seu jeito de falar.
OBRAS PARADAS
“Ontem tinha dois operários no Viaduto do Guamiranga, dois na Ponte do Portal e nenhum do Viaduto do Mannes”. A mensagem foi enviada por um motorista, ouvinte da RBN. As obras estão devagar, quase parando. Não foram retomadas conforme o prometido. O Vereador Osvaldo Barbosa, de Guaramirim, me disse que vai aguardar até o início de setembro. Se as obras não forem retomadas no ritmo esperado, as cobranças serão mais fortes na Câmara. Sugeriu até que o “Vereador Regional” faça vídeos das obras paradas e ajude na mobilização.
JARAGUAZINHO
As obras no Jaraguazinho também estão paradas. De acordo com o Secretário Otoniel, a obra foi viabilizada com recursos estaduais e a última parcela foi repassada no ano passado, ainda na gestão do ex-governador Moisés. Jorginho prometeu retomar os pagamentos a partir de setembro.
ENQUETE
Estranhei a enquete lançada pelo Vereador Rodrigo Livramento (NOVO) questionando seus seguidores se votariam em Edson Junkes (PL) ou Jair Franzner (MDB), deixando a entender ou sugerindo que o seu partido deve escolher um desses candidatos para apoiar nas eleições de 2024. Mas não era o Novo que demonizava as coligações?
NOVO
O NOVO, que não é mais tão novo assim, foi um dos partidos que mais regrediu nos últimos quatro anos. Amoedo teve 2,5% dos votos em 2018. Cinco vezes mais que Felipe D’ávila em 2022. A bancada no congresso encolheu de 8 para 3 deputados e a legenda não atingiu a cláusula de barreira. Também houve redução de 12 para 6 deputados nas assembleias estaduais.
NOVO EM JARAGUÁ
Se o NOVO vai encolher ou vai ampliar na esfera municipal, saberemos somente nas próximas eleições. Livramento, nas questões mais empresariais, e Sirley Shappo, nos temais sociais, se completam e são responsáveis por debates relevantes no Legislativo. Tanto um como outro, teriam condições de representar o partido como bons candidatos ao Paço Municipal.
PRAÇA DE 14 MILHÕES
Foi do próprio Livramento, sempre atento, que recebi a informação que a reforma na Praça não envolveu só os R$ 9 milhões que muita gente reclamou. E sim, R$ 14 milhões. Me disse que estava em busca de novas informações sobre o aumento em quase 50% no valor final. Livramento não concorda com o aditivo. No seu entendimento, uma nova licitação deveria ser aberta para as obras que não eram objeto da primeira contratação. E tem razão.
EXPLICAÇÕES SOBRE A PRAÇA
O Assessor de Comunicação da Prefeitura de Jaraguá do Sul, Giovani Mazzini entrou em contato com a redação para explicar os valores da Praça. Segundo ele, a Praça custou mesmo somente os R$ 9 milhões. A revitalização do calçadão, já iniciada, não constava no projeto inicial de requalificação da praça e exigiu outros R$ 5 milhões, totalizando os 14. Salientou que a obra é importante para o comercio local, comerciantes, pedestres, turistas e população em geral. Em parte, concordo com ele. De qualquer forma, muita gente continua achando o valor muito expressivo.