Opinião 15.08: Os caminhos tortuosos da política.

PL E MDB COSTURAM COLIGAÇÃO

Já estão ocorrendo vários contatos entre lideranças do PL e do MDB para eventual coligação em Jaraguá do Sul, para as eleições municipais. O pontapé inicial dessa conversa teria começado na capital do estado entre o Governador Jorginho Mello (PL) e o Deputado Antídio Lunelli (MDB). Ao que tudo indica, faltou combinar com as lideranças locais do PL. Mas ainda tem muito tempo para esse ajuste.

REUNIÃO NA VISITA DO GOVERNADOR

Antes do evento do Governador na ACIJS, corriam-se rumores de que Jorginho, Antídio, Franzner e Junkes estariam reunidos e discutindo eventual coligação. Junkes disse que o encontro não aconteceu. “Mentira”, me respondeu assim mesmo, com uma só palavra.

NOME QUE INCOMODA

A receptividade ao nome do empresário Edson Junkes parece que tem esquentado a cabeça dos caciques do MDB em Jaraguá do Sul. Junkes é um empresário de sucesso, muito próximo do Governador e com boa circulação entre as principais lideranças bolsonaristas. Além disso, é reconhecido pela simpatia, é comunicativo e tem aparecido muito bem nas pesquisas internas. Assim, seria um forte adversário nas disputas de 2023, colocando em risco o pretendido terceiro mandato dos emedebistas.

CABEÇA DE CHAPA

Edson Junkes me disse que pretende ser candidato em cabeça da chapa. A participação como candidato a vice em eventual chapa do atual prefeito Jair Franzner, estaria descartada. Junkes é novo na política. Disse a ele que essas coisas são decididas pelos caciques, geralmente em Florianópolis.

JORGINHO

Internamente e nos bastidores, Jorginho estaria trabalhando para que o PL esteja em chapas majoritárias, como cabeça ou vice, nas principais cidades de Santa Catarina. E de preferência se aproximando de prefeitos com boas chances de reeleição. O objetivo seria ter prefeituras a favor de sua reeleição em 2026.

RUSGAS

Antes de Edson Junkes, o principal e único nome do PL em Jaraguá do Sul, era Jeferson Cardozo. No entanto, há rumores que os dois não estejam se bicando ultimamente. Cardozo convocou Junkes para depoimento na CPI do Samae. O próprio Junkes não entendeu e não gostou. O Vereador é o principal crítico da atual administração do MDB e é, com certeza, um dos nomes mais populares de Jaraguá do Sul. Até mesmo sua candidatura a prefeito chegou a ser cogitada internamente. Perdeu força após a circulação dos fatos que o fizeram ser descartado pelo Governador na Secretaria Penal.

OUTROS NOMES

Antes de Edson Junkes, comentava-se internamente que a disputa para ser vice de Franzner se concentrava entre Manu Wolf (Podemos), Onésimo Sell (MDB) e Luis Fernando Almeida (MDB). O Plano foi abortado temporariamente.

UNIÃO BRASIL

Após o descarte do PP, Jair Franzner atraiu o UNIÃO BRASIL com cargos políticos e cedeu ao partido a Secretaria de Assistência Social. Por sua vez, o União Brasil indicou Terres da Silva para o cargo principal. Na pasta também entrou Sérgio Luiz, outro radialista. Sérgio era do PP e foi assessor de comunicação no SAMAE, de onde saiu após a demissão de Ademir Isidoro. Nenhuma novidade, radialistas estão espalhados no poder público de vários municípios da região.

PP e PL

Soube que lideranças do PP procuraram o PL para discutir eventual coligação contra o atual prefeito em 2023. A discussão estava evoluindo até o PL ser namorado pelo MDB.  A partir daí muitos progressistas estariam ou estão pensando em migrar para o União Brasil. Entre eles, não se descartam os dois atuais vereadores do partido. Anderson Kassner fez fortes elogios ao Deputado Fabio Schiochet na tribuna. Isso não quer dizer nada. Mas pode ser um indício. Nina talvez opte pelo PL.

ESQUERDA SE MOVIMENTA

Ronaldo Raulino foi definido previamente para ser o nome do PDT como candidato a prefeito de Jaraguá do Sul. O nome deverá ter o apoio do PSB, partido do Vice-presidente Geraldo Alckmim. Raulino foi vereador e ocupou vários cargos públicos. Os dois partidos deliberaram por um calendário mensal de reuniões sempre na última quinta feira de cada mês, às 19h. O PT não participou da reunião. Os petistas ainda estão quietinhos em suas definições.

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Roni Oliveira Ribeiro é jornalista, radialista e advogado.

Apresenta os jornais Radar 94 (07h) e Plantão Meio-dia (12h).

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