Em reunião realizada na última segunda-feira (20), lideranças locais e representantes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) discutiram os desafios e perspectivas para a mobilidade urbana e o contorno ferroviário na região de Jaraguá do Sul. O encontro, promovido pela Bancada da Mobilidade Ferroviária, representado pelo vereador Rodrigo Livramento, teve como objetivo abrir diálogo com Brasília e buscar apoio político para viabilizar projetos essenciais para a região.
Em entrevista ao vivo hoje no Jornal da Manhã (Portal RBN), Livramento destacou que o encontro teve o lado positivo e um lado negativo. A noticia boa é que o DNIT movimentou o projeto que estava parado há muitos anos. O lado ruim é que eventuais recursos que poderiam ser disponibilizados serão revertidos para novas obras do Rio Grande do Sul.
A engenheira civil Letícia Kist, representando a Associação dos Municípios do Vale do Itapocu (Amvali), destacou que o tema impacta quatro dos sete municípios da associação. Marcelo Almeida, Coordenador de Obras Ferroviárias do DNIT, lembrou que o projeto de contorno ferroviário de Jaraguá do Sul já conta com estudos de viabilidade, mas enfrenta dificuldades para obter recursos federais. Segundo ele, um projeto básico está pronto e pode ser executado assim que houver financiamento.
Foi também enfatizado a necessidade de apoio orçamentário e político para incluir o projeto no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). E que o custo estimado da obra é superior a um bilhão de reais e que, sem a liberação de verbas, a execução permanece inviável.
A discussão também abordou a possibilidade de implementação de um trem de passageiros entre Jaraguá do Sul e Joinville para ir até São Francisco do Sul. A ideia, que nunca foi formalmente estudada pelo DNIT, recebeu apoio da entidade. Livramento sugeriu priorizar no trabalho político tanto a demanda pelo contorno ferroviário quanto o estudo para o transporte de passageiros.
O assessor do DNIT, que acompanhou o projeto do túnel do contorno rodoviário de Jaraguá do Sul, recomendou uma ampla mobilização política, envolvendo prefeitos, deputados, senadores e governadores, para que os projetos do contorno ferroviário realmente saiam do papel.