O Vereador Rodrigo Livramento (NOVO) esteve hoje no Plantão do Meio-dia e rebateu parte da Nota da Funai que citou o seu posicionamento sobre o número de famílias indígenas que poderiam ser realocadas na região. Segundo ele, a Funai se referiu a ele como “um sensacionalista com notícias mentirosas”, mas não apontou o dado incorreto divulgado por ele. Livramento declarou que todas as informações publicadas estão gravadas ou documentadas. Ele também contestou que não tenha sido convidado e nem autorizado para visitar a aldeia, onde conversou com o Cacique.
Questionado sobre o exagero do número divulgado nas redes sociais sobre a possibilidade da aldeia ter “mil indígenas” a partir de entrevista concedida por ele a outros veículos de comunicação, Livramento se justificou. Disse que não cabe a ele e nem a ninguém dizer o que é exagero. Admitiu que as manchetes são feitas para chamar atenção e lamentou que algumas pessoas leiam só a manchete e não se aprofundem na matéria. No entanto, ponderou que fez comentários nestas postagens explicando que inicialmente viriam poucos e mais tarde, por falta de controle da Funai, poderiam ser centenas e até mil pessoas.
Livramento reconheceu que as pessoas podem discutir a forma da pergunta feita por ele ao cacique em vídeo, e até mesmo se a liderança indígena entendeu o questionamento, mas ressaltou que “o número foi confirmado pelo cacique”. Perguntado sobre possível indução aos números por parte dele, Livramento garantiu que não teve essa intenção e também questionou a falta de clareza nos números “sempre diferentes” já divulgados pela Funai, de seis famílias inicialmente, depois 10 e três mais recentemente.
Livramento também pôs em dúvida a lisura do processo de compra na avaliação dos imóveis, e finalizou lamentando a falta de transparência em todos os procedimentos, realizados pelo DNIT e pela FUNAI, ao longo do processo de aquisição da área e da definição para a realocação das famílias indígenas.
