A Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (DPCAMI), de Jaraguá do Sul, realizou uma investigação, na qual foram identificados, até o momento, dois adolescentes como autores de delitos bárbaros cometidos em meio virtual.
A investigação se iniciou em junho deste ano, após um registro de Boletim de Ocorrência, no qual os pais de uma adolescente da região relataram que a filha teria sido manipulada pelos infratores a enviar fotos íntimas através do aplicativo “Discord”, e após o primeiro envio, passou a ser ameaçada e extorquida para que continuasse aumentando gradualmente o nível de sadismo. Os atos incluiam automutilação e humilhação.
Ainda, os adolescentes infratores aliciavam outros jovens residentes na cidade, para que lhes fornecessem informações pessoais das vítimas, assim intensificavam as ameaças, causando maior temor.
Após diligências, foram identificados os infratores, ambos adolescentes, residentes no estado do Rio Grande do Sul. Um dos autores já era investigado por delitos semelhantes naquele estado, sendo então realizada busca em sua casa. Ao segundo adolescente, foi feita representação judicial, por meio da DPCAMI de Jaraguá do Sul, para busca e apreensão também em sua residência.
A ordem judicial foi cumprida por policiais civis do Rio Grande do Sul, onde foram apreendidos diversos eletrônicos do adolescente.
Durante a análise do conteúdo armazenado, os policiais daquele estado se mostraram impressionados com a quantidade de material ilícito, dentre os quais se destacam: apologia ao nazismo (diversas fotos de Adolfo Hitler), dados de cartões de créditos de aproximadamente 600 pessoas, comercialização de drogas sintéticas e anabolizantes, fotos e vídeos íntimos de crianças e adolescentes e de pessoas se automutilando, dentre outros.
É importante destacar que investigações semelhantes se iniciaram pelo Brasil neste ano, algumas inclusive exibidas no “Fantástico”.
Fica o alerta aos pais, para que se mantenham vigilantes ao comportamento dos filhos no meio virtual. Tal ambiente é cada vez mais utilizado para crimes, os quais têm consequências graves às vidas dos jovens.