Guaramirim anuncia medidas para enfrentar crise da água

A primeira e principal medida será a sequência de uma espécie de rodízio para recuperar os níveis dos reservatórios. A região do centro terá a suspensão do abastecimento de água às 12h de quarta-feira (19), com previsão de normalização às 18h do mesmo dia. A medida, segundo o Prefeito Adriano Zimmermann, é necessária para estabilização dos níveis dos reservatórios.

Segundo ele, a colaboração de todos os comércios e residências que possuem fonte própria de abastecimento para que façam uso da estrutura, será fundamental. Além disso, o Comitê solicitou o uso racional da água para garantir a continuidade das atividades essenciais durante o período de interrupção.

O abastecimento nos postos de saúde e escolas será mantido por caminhões-pipa. Quem precisar de fornecimento de água por caminhão-pipa ou de galões de água, pode entrar em contato pelo telefone (47) 3163-1318, disponível das 8h às 22h.

CRISE

Em nota enviada para a imprensa, o Prefeito Adriano Zimmermann informou que Guaramirim está enfrentando uma crise na captação, tratamento e distribuição de água. “A questão é um problema histórico, que se agravou ainda mais com o crescimento populacional e a falta de investimentos estruturantes na Águas de Guaramirim. O município, hoje, tem aproximadamente 50 mil habitantes”.

A nota segue informando que “desde 1988, quando foi instalada a Estação de Tratamento de Água (ETA) à margem do Rio Itapocuzinho, a cidade lida com problemas estruturais e operacionais no sistema de captação e distribuição de água. A estação, que passou por diversas adaptações e ampliações ao longo dos anos, não acompanhou o crescimento da demanda, e a falta de planejamento técnico adequado resultou em problemas recorrentes, como a poluição da água devido à instalação de indústrias a montante, em Jaraguá do Sul, o que obriga a interrupção da captação e tratamento da água com frequência”.

O sistema de armazenamento conta com três reservatórios, sendo o R1, instalado em 1990, com capacidade para armazenar 2 milhões de litros; o R2, que opera com apenas uma caixa de passagem devido a problemas geotécnicos no Centro; e o R3, no Bairro Caixa d’Água, que também necessita de manutenção devido a sua localização e condição operacional.

No documento, a prefeitura informa que “a falta de manutenção adequada nas tubulações, que têm sido reparadas apenas de forma pontual e sem um planejamento técnico eficaz, contribui para o desabastecimento de água em diversas áreas. Somente neste ano, com a intensificação das ações, foram registrados 286 reparos, sendo 160 em cavaletes e 126 na rede de distribuição, evidenciando a precariedade da infraestrutura”.

O comunicado oficial da prefeitura informa que em 2024, o município firmou um contrato com o Consórcio CIGAMVALI e a empresa EBS para a operação do sistema de abastecimento de água. “No entanto, a falta de itens essenciais para a realização de reparos mais profundos e a necessidade de ajustes contratuais evidenciam a fragilidade do serviço prestado”, diz a nota.

A estação de tratamento tem uma capacidade de produção de apenas 151 litros por segundo, enquanto a demanda já atinge 186 litros por segundo, com picos de consumo que podem superar os 225 litros por segundo durante períodos de altas temperaturas. “Assumimos o governo com o sistema já em colapso e precisamos agir rápido para enfrentar esta crise”, destacou Zimmermann.

“Desde janeiro, estamos adotando medidas emergenciais, como a instalação de uma bomba adicional no R3, buscando agilizar o abastecimento do reservatório, o reforço na busca por vazamentos e a ampliação da equipe responsável pela manutenção. Solicitamos a presença de representantes da EBS, empresa responsável pela gestão da Águas de Guaramirim, e da CIGAMVALI em nossas reuniões para esclarecimentos sobre a estrutura existente e funcionamento do serviço.

No mês passado, também iniciamos os estudos sobre qual será a alternativa mais apropriada para expandir o abastecimento e distribuição de água em Guaramirim. Visitamos a Águas de Joinville, Águas de Schroeder e o Samae. Destacamos que não existe defeito operacional na ETA central e sim, um sistema que não suporta mais a demanda atual”, encerra o Comunicado.

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