Em entrevista na RBN, FIESC e CDL avaliaram positivamente a derrubada do tarifaço de 40% para mais uma lista de produtos sancionados pelos Estados Unidos. A medida original aplicava uma tarifa adicional de 40% sobre uma série de produtos brasileiros que, somada à primeira sobretaxa de 10% anunciada em abril, elevou para 50% o total cobrado sobre diversas exportações do Brasil, uma das tarifas mais altas em vigor hoje contra produtos estrangeiros.
O vice-presidente da FIESC para a região norte, Célio Bayer, destacou que a retirada para 238 produtos é um avanço, mas não traz alívio para todos os exportadores de Santa Catarina, já que o estado exporta muitos produtos industrializados.
Já o presidente da CDL, Paulo Schwarz, avaliou como um avanço as novas medidas, mas atribuiu o recuo de Trump às pressões internas, especialmente pela inflação aumentada para o cosnumdior norte-americano.
TARIFAÇO
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto nesta quinta-feira (20/11) suspendendo as tarifas de 40%, anunciadas em abril, sobre diversos produtos agrícolas importados do Brasil.
Quando essas tarifas começaram a valer, em 30 de julho, o governo americano anunciou uma lista de exceções com quase 700 produtos.
Agora, Trump ampliou essa lista, adicionando dezenas de outros itens, entre eles café, diversos cortes de carne bovina, açaí, tomate, manga, banana e cacau.
A suspensão das tarifas é retroativa e vale para mercadorias que chegaram aos Estados Unidos a partir do dia 13 de novembro. Nessa data, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, e o secretário de Estado americano, Marco Rubio, se reuniram em Washington, para mais uma rodada de negociação das tarifas.

Paulo Schwarz e Célio Bayer