O Sindnapi (Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos) teve R$ 389 milhões em bens e valores bloqueados por ordem do ministro André Mendonça. A entidade é investigada pelo esquema de fraudes no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
José Ferreira da Silva, irmão do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e mais conhecido como Frei Chico, é vice-presidente do sindicato. Na semana passada, a Polícia Federal fez novas buscas na sede em São Paulo que levantaram indícios de lavagem de dinheiro.
A PGR (Procuradoria-Geral da República) apontou movimentações financeiras atípicas do sindicato do irmão de Lula para os dirigentes, em “em atos típicos de lavagem de dinheiro”.
De onde vêm os R$ 389 milhões do sindicato do irmão de Lula?
O sindicato do irmão de Lula é uma das associações investigadas por suspeita de descontos ilegais na folha de pagamento de aposentados e pensionistas do INSS, esquema que desviou R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024, conforme a PF.
Em 2023, Sindnapi bateu recorde no recolhimento de mensalidades associativas. A entidade é alvo de processos administrativo de responsabilização pela CGU (Controladoria-Geral da União). Segundo o R7, porém, Frei Chico não é investigado.
A decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) sequestrou R$ 389 milhões em bens do atual presidente do sindicato, Milton Baptista de Souza Filho, do ex-presidente João Batista Inocentini (morto em 2023), do diretor secretário-geral Luiz Antonio Adriano da Silva, do diretor nacional tesoureiro Anísio Ferreira de Sousa e do diretor nacional de assuntos previdenciários Carlos Cavalcante de Lacerda.
Sindicato do irmão de Lula é investigado por descontos irregulares no esquema bilionário de fraudes no INSSFoto: Divulgação/Instituto Lula/ND
As suspeitas de lavagem de dinheiro se referem a movimentações financeiras entre 2021 e janeiro de 2025, período em que o sindicato do irmão de Lula teria retido parte dos benefícios de aposentados de forma irregular.
O ministro André Mendonça também autorizou a quebra de sigilos fiscal e bancário do Sindnapi e de seus dirigentes desde 2020.
Em nota na semana passada, o sindicato do irmão de Lula informou que está colaborando com as investigações e manifestou “seu absoluto repúdio e indignação com quaisquer alegações de que foram praticados delitos em sua administração ou que foram realizados descontos indevidos de seus associados”.
FONTE: ND+