Embriagues e fuga: Família pede justiça por jovem morto no trânsito

Hoje faz três anos do trágico acidente que tirou a vida do jovem David Wilhan Chaves, de 22 anos, no KM 33 da Rodovia SC108, em Guaramirim. David trabalhava como motoboy na entrega de lanches e pilotava uma motocicleta Yamaha/Fazer YS250 quando foi violentamente atingido por um Fiat Linea na madrugada do dia 15 de outubro de 2022, por volta da 00:30.

Segundo informações do inquérito policial, David  seguia no sentido Guaramirim a Massaranduba, quando foi colidido frontalmente pelo Fiat que invadiu a pista contrária. O motorista do Fiat/Linea, de 23 anos, tentou fugir do local, mas foi interceptado por populares, que o seguraram até a chegada da Polícia Militar. O rapaz foi submetido ao teste do bafômetro, onde foi constatado a embriaguez com o valor de 0,65mg/L.

A REVOLTA

Dona Nilse, mãe de David, procurou a RBN nesta semana para lembrar da data e fazer um desabafo. Ainda muito abalada, fez um apelo por justiça e lamentou a morosidade dos encaminhamentos. a indignação é muito maior em função da constatação de embriaguez e velocidade incompatível com a via.

PROCEDIMENTOS

A reportagem da RBN conversou com o advogado que assiste a família, Alex Sandro Zanetti, para entender o andamento do processo e os motivos da lentidão para a condenação criminal.

Seguindo ele, após a conclusão do inquérito policial, conduzido pela polícia civil, o Ministério Público, ofereceu denúncia contra  o motorista, requerendo sua condenação pelos crimes previstos no artigo 121, caput, do  Código Penal (homicídio), e os previstos no artigo 306, parágrafo 1º, inciso 1º, e artigo 305,  do Código de Trânsito Brasileiro, por ter se evadido do local do acidente, sem prestar socorro.

O Ministério Público entendeu que, por estar embriagado e velocidade incompatível com a via, o réu, autor do fato, assumiu o risco de provocar um  acidente com morte, restando caracterizado o dolo  eventual.

TRIBUNA DO JURI

O posicionamento da Promotoria apontou homicídio com dolo eventual, ou seja, homicídio  simples, e por isso o processo passou a  tramitar sob o rito do Tribunal do Júri.

Desde o acidente, vários procedimentos foram realizados como oitivas de testemunhas, novas diligências e o depoimento do réu no inquérito policial e no processo.  Em novembro de 2024, as partes apresentaram  memoriais finais. Em março deste ano (2025), o juízo decidiu por pronunciar o acusado, autor dos fatos, determinado que o seu julgamento seja realizado pelo júri popular. Porém, o Réu recorreu ao Tribunal de Justiça na tentativa que reverter a decisão pelo júri popular.  Os desembargadores devem se manifestar sobre o caso nos próximos dias.

Alex Zanetti, advogado da família

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