Denúncia na tribuna: Secretário se manifesta nas redes sociais

A Assessoria de Comunicação da Secretaria de Administração Prisional encaminhou, ontem, uma nota para a redação da RBN, informando que o Secretário Estadual de Administração Prisional, Carlos Alves não concederia entrevista sobre as falas do Vereador Jeferson Cardozo, na Câmara. Segundo a Nota, o Secretário estava em trânsito, muito atarefado e preparando uma programação com a presença do Governador Jorginho Mello, no sul do estado.

Na tribuna da Câmara, o Vereador e Agente Penal, Jeferson Cardoso, fez duras críticas ao secretário pela gestão no comando da pasta e pela aparição numa foto ao lado de um condenado por tráfico em prisão domiciliar. O apenado também seria dono de um jornal onde o Secretário teria concedido uma entrevista.

Na nota enviada para a RBN, a assessoria informou que “Neste momento, o Secretário Carlos Alves está em trânsito, com uma agenda movimentada, focado em questões cruciais para o desenvolvimento do sistema prisional catarinense. Ele está lidando com os recentes acontecimentos em Chapecó e também está ocupado com os preparativos para a inauguração da nova estrutura prisional, que contará com a presença do governador e está agendada para esta quinta-feira no sul do estado. Lamentavelmente, isso significa que não poderei atender à sua solicitação dentro do prazo estabelecido. No entanto, em relação às graves e infundadas acusações feitas pelo parlamentar mencionado, gostaria de reiterar nosso compromisso com a conduta ética e o respeito aos princípios jornalísticos”.

Ontem à noite em suas redes sociais, com mais tempo, o Secretário abordou o assunto e publicou uma nota maior. Disse que durante uma matéria sobre o convênio entre a SAP e a prefeitura de Tijucas, sobre atividade laboral e seu importante papel na ressocialização da pessoa privada de liberdade, foi convidado para conhecer a redação do jornal responsável pela matéria, onde foi recebido pela proprietária e pelo editor. A publicação segue informando que “Durante a conversa, o editor, ao lado de sua mãe, relatou sua trajetória de vida até aquele momento e de como teria se recuperado, abandonando seu passado na vida do crime com a ajuda dos incentivos e oportunidades ofertadas pelo sistema prisional catarinense. (…) Trabalhamos diariamente para alcançar este objetivo, independentemente do crime cometido pela pessoa privada de liberdade”.

No final de sua publicação, sem citar nomes, mas possivelmente se referido ao Vereador Jeferson Cardoso, “destacou que estranha quando a palavra amistoso é usada de forma pejorativa, até porque o tratamento contrário, de forma desmedida, poderia ser entendido como abuso de autoridade”. Foi Jeferson que usou a expressão “tom amistoso” ao se referir sobre a conversa do Secretário com o condenado.

Ainda sem citar o nome de Jeferson, concluiu dizendo que “o policial penal que não entende sua missão, deve repensar seu papel como servidor público”.

A mesma nota publicada nas redes sociais foi encaminhada para a redação da RBN na manhã de hoje (14/03). Veja abaixo na íntegra.

“NOTA OFICIAL

Durante uma matéria sobre o convênio entre a SAP e a prefeitura de Tijucas, sobre atividade laboral e seu importante papel na ressocialização da pessoa privada de liberdade, fomos convidados para conhecer a redação do jornal responsável pela matéria, onde a proprietária e o editor nos receberam.

Durante a conversa, o editor, ao lado de sua mãe, relatou sua trajetória de vida até aquele momento e de como teria se recuperado, abandonando seu passado na vida do crime com a ajuda dos incentivos e oportunidades ofertadas pelo sistema prisional catarinense.

Presenciei também o orgulho estampado nos olhos daquela mãe e, isso foi algo que fez acreditarmos ainda mais que um dos nossos principais objetivos, o de devolver para sociedade um cidadão ressocializado é muito possível e, eu jamais como policial penal, privaria uma mãe do orgulho em ver seu filho no caminho certo novamente.

Trabalhamos diariamente para alcançar este objetivo, independentemente do crime cometido pela pessoa privada de liberdade.

Atuamos forte contra ações do crime organizado e concomitantemente, com a mesma força, damos todas as oportunidades possíveis para a recuperação destes indivíduos, através de educação e trabalho.

Causa estranheza quando a palavra “amistoso” é usada de forma pejorativa, até porque o tratamento contrário, de forma desmedida, poderia ser entendido como abuso de autoridade.

O policial penal que não entende sua missão, deve repensar seu papel como servidor público.”

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