Em desabafo na tribuna na Câmara, o comandante da PM reclamou a falta de efetivo e cobrou mais participação dos políticos. Tenente Coronel João Kuze começou esclarecendo que faria uma fala de tristeza, de fracasso e derrota em função do estupro na semana passada. Chegou a dizer na abertura de sua fala que poderia estar arriscando sua carreira, mas que faria o desabafo em nome da segurança pública.
O comandante esteve na Câmara atendendo solicitação do Vereador Rodrigo Livramento para comentar o caso de estupro da semana passada, já que algumas informações davam conta que a PM foi acionada e não tinha viaturas disponíveis. Kuze foi diretamente ao ponto da falta de efetivo lembrando que Jaraguá saiu de 270 policiais em 2002 para 167 em 2024.
O comandante também fez uma cobrança efusiva dos políticos em geral, desafiando os vereadores a se mobilizarem pela defesa de mais efetivo na região do 14º Batalhão, junto aos seus representantes políticos.
Neste ponto foi rebatido pela Vereadora e Procuradora da Mulher, Sirley Shappo (NOVO), que admitiu a responsabilidade política, mas lembrou que o próprio comandante-geral da PMSC, coronel Aurélio José Pelozato da Rosa, negou a ampliação de efetivo, mostrando um ofício de justiticativa encaminhado pela PM:
Sirley também lembrou a fala do Comandante Geral durante a inauguração do Colégio Militar na segunda-feira (26), quando ele disse textualmente que atendeu prontamente o pedido de um deputado para o Colégio Militar, mas não atende o apelo da sociedade por mais efetivo:
Sem dizer claramente, o Comandante da PM, Tenente Coronel Kuze, deixou a entender que não existem policiais suficientes para o monitoramento das câmeras e nesse sentido a ampliação desses equipamentos é desnecessária:
Ao comentar o crime de estupro da semana passada, Tenente Coronel Kuze defendeu a autodefesa para que as mulheres reajam e lutem contra seus agressores e foi novamente contestado pela Vereadora Sirley Shappo:
