Ação com apoio dos EUA prende investigados por armazenar material de abuso sexual infantil em SC

Seis pessoas foram presas em flagrante nesta sexta-feira (11) em uma operação contra o armazenamento de material de abuso sexual infantil em Santa Catarina. A ação é coordenada pelo CyberGaeco e teve apoio da Agência de Investigação Interna (Homeland Security Investigations – HSI), da Embaixada dos Estados Unidos.

Também foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão contra os investigados em diversas cidades do estado. Batizada de Griffin, a ação quer rastrear e punir os responsáveis pelos crimes contra crianças na internet.

A operação foi deflagrada um dia antes do Dia das Crianças E simboliza o compromisso em proteger crianças e adolescentes contra a exploração sexual, segundo o Ministério Público de Santa Catarina, responsável pelo CyberGaeco.

A entidade ligada ao MP combate os crimes na internet. Em 31 de julho, o órgão capturou o clínico geral investigado por armazenar 13 mil imagens de exploração sexual infantil e filmar pacientes sem autorização em consultas. A operação sigilosa ocorreu após um alerta disparado pelo Google.

Mandados de busca e apreensão:

  1. Florianópolis
  2. Balneário Camboriú
  3. Navegantes
  4. Barra Velha
  5. Guaramirim
  6. Indaial
  7. Lages
  8. Otacílio Costa

Os mandados foram expedidos pelas Varas Regionais das Comarcas de Balneário Camboriú, Itajaí, Blumenau, Lages e da Capital, além da 2ª Vara da Comarca de Barra Velha e da Unidade Judiciária de Cooperação da Comarca de Guaramirim.

A Operação Griffin foi inspirada no “Grifo”, criatura mitológica conhecida por sua vigilância e proteção, segundo o MP.

Órgão especializado para combater crimes mais complexos

Instituído em 2021, o CyberGaeco é uma força-tarefa especializada em crimes e investigações virtuais, inserida na estrutura do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), órgão ligado ao MP.

No grupo, há agentes de órgãos de segurança especializados em diversos ramos de criminalidade no mundo da internet.

Em aproximadamente três anos, desde agosto de 2021, o órgão deflagrou operações no estado, envolvendo não só violência sexual contra crianças, mas também crimes contra o patrimônio público, corrupção, fraude a bancos. No total, foram mais de R$ 4 milhões bloqueados, 127 mandados de busca e apreensão.

G1

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