Os casos de dengue em Santa Catarina vêm aumentando significativamente, gerando preocupação para as autoridades do setor de saúde. Na microrregião da Associação dos Municípios do vale do Itapocu (Amvali), não é diferente. Em Jaraguá do Sul, para se ter uma ideia, de 1º de janeiro até o dia 7 de fevereiro deste ano, foram confirmados 41 casos de dengue. No mesmo período do ano passado, houve apenas um caso. Como há uma tendência de aumento expressivo nas notificações foi criado um grupo de trabalho regional para definir as estratégias que serão adotadas a fim de frear o avanço do Aedes aegypti.
O primeiro encontro na tarde desta sexta-feira (9), reuniu representantes da Defesa Civil Regional, da Gerência regional de Saúde e dos setores de saúde e Vigilância Epidemiológica dos sete municípios da Amvali. Além do cenário epidemiológico atual, também foram apresentadas projeções que sugerem um cenário preocupante para os próximos meses, além de ações que precisam ser implementadas.
De acordo com a bióloga da Regional de Saúde, Francini Lunelli, é urgente conscientizar as pessoas sobre o papel de cada um no combate ao Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue. “É preciso se antecipar pois os casos aumentaram já no início do verão. As ações são urgentes e precisam começar imediatamente. Se nada for feito há risco de colapsar o sistema”, alerta a especialista.
O coordenador da Defesa Civil Regional, Douglas Dávila Bida, disse que irá atuar na articulação entre os municípios para que todos se envolvam. “Se houver a necessidade de drones para fiscalizar os locais de difícil acesso, podemos ceder o equipamento”, afirmou.
No encontro os representantes dos municípios apresentaram suas dificuldades e preocupações. Em Jaraguá do Sul a preocupação é com a possível falta de leitos nos hospitais, caso se confirmem as projeções.
O secretário de Saúde, Alceu Gilmar Moretti, disse que as fiscalizações vão aumentar e, se necessário, serão criados “pontos de hidratação” nas Unidades Básicas de Saúde, a fim de atender os pacientes com dengue ou suspeitas. “É doença que mata, por isso precisamos atuar fortemente para controlar o avanço da dengue em nossa cidade. Temos mais de 30 agentes de endemias atuando diariamente e vamos aumentar a fiscalização” disse.
Plano de Ação:
– Divulgação de boletim de casos e focos;
– Pontuação de casos no mapa;
– Implantação/Ativação do COE (Centro de Operação de Emergência) – municípios infestados;
– Confecção/Aplicação do Plano de Contingência Municipal nos municípios infestados;
– Avaliar a necessidade de contratação de recursos humanos (controle vetorial, vigilância epidemiológica e assistência);
– Acompanhar, monitorar e atualizar a ocorrência de casos no SINAN On-line e GAL diariamente;
– Uso do fluxograma de classificação de risco e manejo do paciente com dengue nos hospitais e unidades de saúde;
– Mutirões de limpeza;
– Utilização de drone para verificação dos depósitos de difícil acesso;
– Trabalho em conjunto com a VISA (imóveis irregulares) e ACS (orientação à população e eliminação de depósitos);
Situação Epidemiológica de Dengue em 2024
Fonte: Sinan On-line (Atualizado em 07/02/2024)