Por: Alison Correa
O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), segue em posição confortável na corrida eleitoral de 2026, conforme aponta a nova pesquisa da Neokemp divulgada nesta sexta-feira. O levantamento, realizado em dezembro, mostra o atual chefe do Executivo estadual com 41,3% das intenções de voto, consolidando a liderança e ampliando a distância em relação aos demais concorrentes.

O prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), aparece na segunda colocação com 20,1%. Já o ex-deputado federal Décio Lima (PT) soma 14,6% das preferências, ocupando o terceiro lugar. Em comparação com a pesquisa de novembro, Jorginho apresentou crescimento, enquanto os adversários mantiveram avanço mais tímido.
A pesquisa ouviu 1.200 eleitores com 16 anos ou mais, em 95 municípios catarinenses, nos dias 22 e 23 de dezembro. A margem de erro é de 2,8 pontos percentuais, com grau de confiança de 95%.
O estudo reforça a percepção de que, caso o cenário permaneça estável, Jorginho Mello poderá chegar ao pleito com chances reais de encerrar a disputa ainda no primeiro turno. Em um cenário simulado com fragmentação da esquerda, incluindo Carlito Merss (PT) e Afrânio Boppré (PSOL), o governador amplia ainda mais a vantagem, alcançando 44,7% das intenções, enquanto João Rodrigues chega a 24%.
Índices de rejeição
Quando analisado o índice de rejeição, o desempenho dos candidatos apresenta mudanças. Na pergunta sobre em quem o eleitor “não votaria de forma alguma”, Jorginho Mello aparece com 21,9%, ficando atrás de Carlito Merss, que lidera a rejeição com 31,4%, e de Afrânio Boppré, com 26,1%.
João Rodrigues, por outro lado, registra o menor índice entre os principais nomes testados, com apenas 5,6%, o que indica espaço para crescimento, apesar da desvantagem nas intenções de voto.
Corrida pelo Senado
A Neokemp também avaliou o cenário para o Senado Federal em Santa Catarina. A deputada federal Carol De Toni (PL) lidera a disputa, com 28,6% das intenções de voto. Na sequência aparece Carlos Bolsonaro (PL), com 25%.
O ex-governador Esperidião Amin figura na terceira posição, com 16%, empatado tecnicamente com Décio Lima (PT). O levantamento repete, em linhas gerais, o cenário identificado na pesquisa anterior.
Desafios políticos
Os dados do Senado impõem desafios estratégicos ao grupo liderado por Jorginho Mello. O governador sinaliza interesse em manter Esperidião Amin na chapa majoritária, considerando o peso político da Federação União Progressista. No entanto, a força eleitoral de Carol De Toni e Carlos Bolsonaro dificulta a composição.
Com a possível saída de Carol De Toni do PL rumo ao Novo, cresce a incerteza sobre o comportamento do eleitorado bolsonarista e sobre o grau de apoio que poderá ser destinado a Amin em uma eventual tentativa de reeleição.
