Israel começou a libertar nesta segunda-feira (13) parte dos quase 2 mil prisioneiros palestinos que estavam detidos em seu território. A ação faz parte do acordo de cessar-fogo assinado entre o país e o grupo terrorista Hamas na última semana.
Ainda nesta segunda, o Hamas libertou os últimos 20 reféns com vida que estavam sob seu poder na Faixa de Gaza. Israel diz que ainda há outros 28 reféns mortos. O grupo pediu mais tempo para devolver os corpos, pois disse ainda não ter localizado parte deles.
Dezenas de ônibus com os prisioneiros palestinos chegaram à Faixa de Gaza e a Beitunia, na Cisjordânia. Alguns deles estavam com a cabeça raspada e muito magros, segundo a agência de notícias Reuters.
Na Faixa de Gaza, um grupo de homens armados, mascarados e vestidos de preto — aparentemente membros do braço armado do Hamas — chegaram ao Hospital Nasser, onde um palco e cadeiras haviam sido montados para receber os prisioneiros palestinos.
“Espero que essas imagens possam marcar o fim desta guerra. Perdemos amigos e parentes, perdemos nossas casas e nossa cidade”, disse Emad Abu Joudat, de Gaza, à Reuters.
Entre os prisioneiros libertados, há cerca de 250 pessoas que estavam cumprindo penas de prisão perpétua acusados de crimes cometidos contra o Estado de Israel e seus moradores.
A organização StandWithUs Brasil elaborou um documento com informações detalhadas sobre os palestinos libertados. Para o presidente-executivo da StandWithUs Brasil, André Lajst, os criminosos são vinculados a atentados terroristas e outros crimes violentos, um tema muito sensível na sociedade israelense.
“Mas essa troca dos reféns pelos presos palestinos, sem dúvida, inicia um novo capítulo na cura de um país em trauma há dois anos. Diferentemente do que está sendo publicado, não é um acordo de paz. É um acordo de cessar-fogo, já que lideranças do Hamas disseram que não vão se desarmar.”