Em entrevista hoje de manhã na Rádio RBN, o prefeito de São João do Itaperiú e Presidente da Amvali – Associação dos Municípios do Vale do Itapocú, Rovani Delmonego (PSD), confirmou que não houve interesse dos prefeitos da região em pleitear uma Policlínica de Saúde do Governo Federal para ser implantada na região. O assunto ganhou força em Guaramirim após a polêmica desistência de Blumenau por não ter disponibilizado um terreno para a construção do prédio. O prefeito alegou falta de recursos para equipar a unidade e as dificuldades para o custeio de funcionamento. Ouça parte da entrevista no player abaixo.
No entanto, ao contrário do que afirma o prefeito, o Ministério da Saúde e a Secretaria Estadual da Saúde, informam em seus sites que a unidade seria entregue completamente pronta e equipada para o início dos trabalhos, com investimento de aproximadamente R$ 17 milhões para a construção e mais R$ 13 milhões destinados à aquisição de equipamentos.
Ainda segundo o Governo do Estado, o custeio da operação da policlínica no Sistema Único de Saúde (SUS) é realizado pela lógica tripartite, envolvendo recursos dos municípios, do Governo do Estado e da União.
GUARAMIRIM
Na segunda quinzena de agosto, quando Blumenau definiu que não pretendia o investimento da policlínica, alguns municípios começaram a se mobilizar para serem escolhidos para o investimento. Entre eles, estavam Guaramirim, Gaspar e Indaial. Na época, em entrevista na RBN, o Presidente do PT em Guaramirim, Mateus Metzner, informava que havia buscado apoio de vereadores do município e da AVEVI (Associação dos Vereadores do Vale do Itapocu), e se declarava otimista com a possibilidade do município ser contemplado.
No entanto, a Secretária Municipal da Saúde de Guaramirim, Cristiane Willer, elencou uma lista de dificuldades e dúvidas ainda pendentes sobre o projeto, questionando a inexistência de encaminhamentos e informando falta de alinhamento regional e manutenção da estrutura. “A decisão não pode ser assim, a toque de caixa”, destacou.
INDAIAL
Com a rejeição de Blumenau e a falta de apoio dos prefeitos da AMVALI para a instalação da policlínica em Guaramirim, o caminho ficou mais fácil para município de Indaial que já garantiu o investimento, confirmado pelo próprio Governo do Estado. O Secretário de Estado da Saúde, Diogo Demarchi, declarou que a Secretaria, em parceria com o município de Indaial, irá realizar os trâmites necessários para a entrega da documentação junto à Caixa Econômica Federal (CEF) e ao Ministério da Saúde, cumprindo os prazos estabelecidos para a construção da nova unidade.
Após o envio de toda a documentação, a CEF terá um prazo de 90 dias para a análise e aprovação da documentação enviada. Assim que houver o aceite, a SES será liberada para realizar a licitação. A previsão é que a obra inicie em 2026.
Demarchi, informou rque a Policlínica ofereceria consultas, exames e pequenas cirurgias, promovendo maior celeridade no atendimento e possibilitando uma distribuição mais eficiente dos recursos de saúde.
POLÍCLÍNICAS
No site do Ministério da Saúde, consta que o projeto das policlínicas, no valor de R$ 30 milhões, visam oferecer consultas médicas especializadas, exames diagnósticos (ressonância magnética, tomografia e eletrocardiograma) e atendimentos em diversas especialidades de saúde (angiologia, cardiologia, oftalmologia e neurologia) e até realização de pequenos procedimentos como vasectomia, cauterização e biópsias em centro cirúrgico de baixa complexidade.
INVESTIMENTO
Com um investimento de R$ 1,65 bilhão, o Ministério da Saúde construirá 55 policlínicas em 24 estados, beneficiando mais de 19 milhões de brasileiros. Os recursos são oriundos do Novo Programa de Aceleração (Novo PAC) e permitirão a construção de estruturas mais modernas e equipadas para uso da população.
Com o novo projeto, as policlínicas se tornarão um centro integrado de cuidado e resolução que contemplará núcleos de atenção integral ao homem, mulher, crianças e outros públicos que requerem acompanhamento especial. Espaços de reabilitação para pacientes com sequelas de Acidente Vascular Cerebral (AVC) e doenças respiratórias também estão no projeto.
As policlínicas fazem parte do Programa Mais Acesso a Especialistas, que tem como ponto de partida a necessidade de tornar o acesso do paciente, aos exames especializados e às consultas, o mais rápido possível e com menos burocracia, a partir do encaminhamento realizado pela Equipe de Saúde da Família (ESF).
Serão oferecidos ainda nas novas unidades a realização de exames gráficos e de imagem como ressonância magnética, tomografia e eletrocardiograma; consulta clínica de apoio ao diagnóstico com médicos de diversas especialidades como angiologia, cardiologia, oftalmologia e neurologia; e pequenos procedimentos como vasectomia, cauterização e biópsias em centro cirúrgico de baixa complexidade.


