A professora que foi esfaqueada ao tentar proteger alunos de um ataque ocorrido na manhã de terça-feira (7) em uma escola de Estação, no Norte do Rio Grande do Sul, recebeu alta hospitalar na tarde de quarta-feira (9). Ela, de 34 anos, foi atendida no Hospital de Caridade, em Erechim, após ser agredida por um adolescente de 16 anos que invadiu a escola. A docente estava “muito abalada emocionalmente”, conforme informou a instituição de saúde, e segue recebendo acompanhamento psicológico.
O ataque resultou em tragédia para uma criança. Vítor André Kungel Gambirazi, de apenas 9 anos, foi morto durante o incidente. O corpo dele foi sepultado na quarta-feira. Outra criança de 8 anos continua internada no Hospital Santa Terezinha após sofrer traumatismo cranioencefálico e passar por cirurgia. Seu quadro é estável, mas ainda inspira cuidados. Uma outra criança, também de 8 anos, recebeu alta no dia 8 de julho após ser atendida pelo ferimento.
A Polícia Civil investiga o caso, mas as motivações do ataque ainda não estão claras. Segundo informações, o adolescente não possuía antecedentes criminais e estava realizando acompanhamento psiquiátrico há mais de um ano. Ele teria se apresentado na escola alegando que iria entregar um currículo e pedir permissão para usar o banheiro. Após sair do banheiro, ele procurou uma sala de aula onde, em determinado momento, tirou uma faca da mochila e iniciou o ataque, ferindo crianças e a professora. Além disso, o jovem teria disparado bombinhas.
Funcionários da escola conseguiram imobilizar o agressor, que foi apreendido e levado para a delegacia. Na noite de terça-feira (8), a Justiça determinou a internação provisória do adolescente, por 45 dias, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O caso segue sob segredo de justiça, dado que envolve menores de idade.
Autoridades seguem apurando detalhes do ocorrido e reavaliando o caso.
