Em entrevista no Programa Portal RBN, o médico veterinário da Secretaria da Agricultura de Guaramirim, Alisson Ceccatto Maciel, destacou que o setor trabalha o tempo todo para auxiliar e orientar os produtores para o correto encaminhamento de abates e garantir a qualidade e a segurança dos alimentos de origem animal.
“O produtor interessado em comercializar produtos como carne, leite, mel, ovos ou derivados, podem buscar a gente em busca de orientação. Estamos de portas abertas pra ajudar”, destacou Alisson. Segundo ele, existem algumas exigências que são meras burocracias e facilmente superadas pelo agricultor que precisa de adequar. as regras evitam que pessoas mal intencionadas coloquem em risco a vida dos consumidores.
Em junho, uma ação das autoridades de fiscalização, resultou no flagrante de um abate clandestino de bovino em Guaramirim. Alisson destaca que esse tipo de abate representa um grave risco à saúde pública, pois impede o controle sanitário e a rastreabilidade dos produtos de origem animal. E além disso pode acarretar na transmissão de doenças para os humanos, como cisticercose, tuberculose, brucelose e toxoplasmose, além de causar danos ambientais pelo descarte inadequado de resíduos.
SERVIÇO DE INSPEÇÃO MUNICIPAL – SIM
Conheça como funciona o processo das carnes inspecionadas:
– O animal provém de uma propriedade registrada no Órgão Oficial de Defesa Sanitária Animal;
– Na chegada ao Frigorífico, o animal é examinado por Médico Veterinário e/ou Inspetor de produtos de origem animal, bem como sua documentação também é verificada;
– São respeitadas as normativas de bem-estar animal, desde o carregamento na propriedade até a efetivação do abate;
– O animal é abatido em frigorífico registrado no Serviço de Inspeção, com estrutura física adequada para realização do abate e industrialização;
– Animais com qualquer moléstia ou doença transmissível são descartados, uma vez que o Médico Veterinário e/ou Inspetor detém conhecimento para realizar a inspeção das vísceras e carcaças;
– Todo processo de abate ou industrialização tem acompanhamento técnico, sempre seguindo as boas práticas de fabricação e higiene;
– O produto final é identificado com rotulagem adequada, em conformidade com a legislação vigente, possibilitando identificar a origem do mesmo (rastreabilidade), possuindo o selo de inspeção padrão do órgão fiscalizador – SIM, SIE ou SIF (Serviço de Inspeção Municipal, Estadual ou Federal, respectivamente);
– O armazenamento e transporte do produto final é feito de forma apropriada para estes fins, respeitando as condições de higiene e temperatura adequados.