Com os quatro prefeitos presos nesta quarta-feira (19), durante uma operação que investiga uma possível organização criminosa comandada por um grupo empresarial, Santa Catarina soma ao menos 27 prisões de gestores públicos nos últimos quatro anos.
Os quase 30 representantes municipais foram detidos em ações do Ministério Público e da Polícia Civil.
O primeiro caso ocorreu em agosto de 2020, com a prisão de Orildo Severgnini, então prefeito de Major Vieira, no Norte de Santa Catarina. Ele foi detido na segunda fase na operação ‘Et Pater Filium’, que investigava crimes de corrupção, fraude em licitação e lavagem de dinheiro.
Ele presidia a Federação Catarinense de Municípios (Fecam) à época, e chegou a enviar ao órgão uma carta de renúncia.
Desde então, vieram mais 26 prisões em diferentes ações do Ministério Público de Santa Catarina, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e do Grupo Especial Anticorrupção (Geac), e da Polícia Civil.
Só na operação Mensageiro, que colocou sob a mira do MP e da polícia um suposto esquema de corrupção na licitação de lixo em várias cidades de Santa Catarina, foram 17 prisões de gestores municipais desde dezembro de 2021.